terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Exterminador do Futuro: A Salvação (nota 6)

Este filme foi uma das minhas apostas para uma das prováveis decepções do ano. Não foi TÃO ruim assim, mas também não dá pra justificar a razão da existência desse filme.

Convenhamos, o T3 já foi uma porcaria, uma forçada de barra do caramba, que praticamente destruiu o quase tudo que foi construído nos dois primeiros excelentes longas criados por James Cameron, e ainda criaram uma série de tv pra bagunças ainda mais a cronologia da série. Ou seja, deviam ter parado no segundo filme, mas o dinheiro fala mais alto.

Este longa, dirigido por McG (sim, o mesmo de As Panteras!!) demonstra a habilidade do diretor em filmar ótimas cenas de ação, mas sua inabilidade de dirigir atores e desenvolver personagens. Christian Bale que fez um excelente Batman, não convence em momento nenhum com John Connor. Os melhores personagens são os secundários, Kyle Reese e Marcus, interpretados respectivamente por Anton Yelchin e Sam Worthington, que são os objetos principais da trama.

E o enredo é bastante desnecessário também, não acrescenta nada ao universo estabelecido nos dois primeiros longas. Além disso o roteiro recicla várias cenas do T2, desde o "Eu voltarei" até a música do Guns, para tentar agradar aos fãs.

Pelo menos as cenas de ação são muito boas, os efeitos visuais estão bem caprichados, e as brigas com os exterminadores continuam nervosas e claustrofóbicas. Vale pela curiosidade, e seria um bom filme de ficção científica genérico sobre o apocalipse, mas se perde dentro do que já foi uma ótima franquia.

Bastardos Inglórios (nota 8)

Aí vai uma crítica levemente atrasada, pois nós vimos este filme no dia de estreia no cinema, porém não escrevemos nada devido a forças maiores já citadas no post do Avatar. O Tarantino é um cara muito estranho, pois ele consegue fazer um filme de II Guerra Mundial que parece um Western, que tem mais falatório do que tiroteio, mas mesmo assim o filme é legal pra caramba.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado numa primeira impressão, pois pelo conteúdo dos trailers achei que seria um trabalho mais parecido com Kill Bill, com várias cenas de ação, mas acabou ficando mais parecido com Cães de Aluguél. E é claro que isso não é desmerecer o filme, muito pelo contrário. A cena inicial do longo diálogo entre o coronel Hans Lada e o fazendeiro é brilhante.

Falando neste personagem, a atuação de Christoph Waltz é sensacional!!! Ele rouba TODAS as cenas em que aparece, ofuscando o resto. Brad Pitt está muito bem no papel do Tenente Aldo Raine, mas está bem caricato. Todo o restante do elenco está muito bem, demonstrando novamente a incrível capacidade de dirigir atores de Tarantino.

Filmão!!!

domingo, 27 de dezembro de 2009

AVATAR (nota 9)

Aê, finalmente voltamos a ativa!!! Depois de uma longa pausa devido a turbulências pré-férias e ás próprias férias, voltamos com uma crítica em grande estilo, nada menos que o aguardadíssimo AVATAR de James Cameron. E vou começar já dizendo que mesmo 10 anos depois de Titanic, seu último longa lançado nos cinemas, Cameron continua sabendo fazer cinema da melhor qualidade. Esse é um dos melhores do ano, uma baita ficção cientifica e uma "revolução" no cinema.

Pra quem não sabe, o diretor passou os últimos 10 anos desenvolvendo as tecnologias de filmagem digital e captura de atuação que utilizou nesse filme, e o resultado é muito impressionante. Tecnicamente, vusialmente e sonoramente o filme é impecável. A quantidade de informações visuais que tem o tempo todo na tela é pra deixar qualquer um de queixo caído.

Pra ajudar um pouco, fomos ver esse filme no IMAX, então o 3D ajudou muito. A ação, a velocidade, a sensação de vertigem e altitude te levam para dentro do filme e você realmente se sente la dentro.
Pra quem não conhece o enredo, humanos estão invadindo o "selvagem e hostil" planeta Pandora, lar dos Na'vi, uns Smurfões/Índios que habitam a floresta, em busca de um valioso minério. Como os humanos não podem sobreviver na atmosfera, foram criados corpos baseados na genética Na'vi e Humana, onde humanos podem projetar sua consciência e assim controlar estes corpos para se infiltrar no povo Na'Vi.

Quando Jake, um fuzileiro naval paraplégico consegue se infiltrar com o seu avatar e conhece Neytiri, aí começa o problema. O enredo principal é bem manjado, não tem nada de revolucionario aí. Lí uma crítica que falava que é a história da Pocahontas, e no fundo é bem verdade. Mas a forma como essa história é contada de forma muito competente e te leva para dentro do mundo de forma que o expectador se emociona e se importa com cada criatura atingida pelo conflito final. Além disso, o enredo também aproveita para falar da preservação do nosso planeta, o assunto da moda.

James Cameron conseguiu criar um mundo incrível. O planeta Pandora é rico em detalhes, e a sensação que fica ao terminar o filme é uma vontade de voltar para aquele mundo fantástico.
Agora, qual é o lance de chamar o filme de REVOLUÇÃO no cinema? O visual criado por computação é incrível, mas o que realmente impressiona é a captura de movimento e feições dos atores, o que o diretor chama de captura de atuação. Além disso, a revolução fica mais por conta de como o o longa foi filmado, técnica que a partir de agora será empregada em muitos outros longas com certeza.

Está aí um belo blockbuster de final de anos. E espero que o próximo longa de Cameron não leve mais 10 anos pra sair.

domingo, 25 de outubro de 2009

Transformers - A Vingança dos Derrotados (nota 5)

Está aí um filme que eu estava bem ansioso pra ver no cinema, porém as péssimas críticas me afastaram da ideia, e decidi esperar o lançamento em DVD. Confesso que depois de ver o filme com um pé atrás, me arrependi de não ter ido ao cinema. Não que a nova aventura dos robôs que se transformam seja perfeita, longe disso, tem vários defeitos, mas no resultado final me divertiu bastante.

Praticamente todo o elenco de atores está de volta do primeiro filme, porém o "elenco" de robôs cresceu, e MUITO. Acho que daí vem um dos problemas, o excesso de robôs não nos permite simpatizar com quase nenhum, a não ser com o sempre presente Optimus Prime, que rouba a cena sempre que aparece. E por sinal as cenas de combate entre Optimus e os Decepticons estão espetaculares. Michael Bay finalmente aprendeu que as vezes um ângulo mais afastado é mais agradável para se apreciar a ação do que aqueles close-ups constantes.

Falando na forma de filmar, parece que Michael Bay filma TODAS as cenas como se fossem o clímax do filme. A câmera dançando em folta dos atores com o sol no fundo e a música intensa parecem acompanhar o filme inteiro. Além disso existem sérios problemas de continuidade. Aparentemente ir dos EUA ao Egito é rapidinho, certo?

O roteiro está quase bom, serve de fundo pras espetaculares cenas de ação, mas algumas coisas poderiam ter sido evitadas, como a presença dos pais de Sam no meio da briga. Além disso os escritores erraram FEIO na dose de humor. Muito infantilizado e em horas muito erradas (robô com BOLAS???? sério mesmo??) dão vergonha.

E é claro que os efeitos especiais estão incríveis, como não poderia deixar de ser. Além disso, assim como no primeiro filme, parece que Bay fez além de um blockbuster, uma grande propaganda do poderio militar dos EUA.

Não é melhor do que o primeiro filme na soma geral, mas vai divertir se você não for muito crítico.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Homenagem DIA DAS CRIÂNÇAS - Críticas de Era do Gelo 3, Dragonball e Mostros vs Aliens

Aê, viva a criançada!!! E viva nós, afinal eu e a Ju fizemos aniversário de 1 ano de casamento ontem!!! E pra comemorar o feriado, são 3 críticas de uma vez só, todos de filmes pra molecada!

ERA DO GELO 3 (nota 7)
Os personagens da franquia Era do Gelo já estão mais do que estabelecidos no cinema, então não vou perder meu tempo com isso. Acompanhamos o bando formado no segundo filme quando Manny e Elle estão para ter um filho. O ótimo Sid acaba encontrando uns ovos de tiranossauro e uma entrada para um mundo perdido onde os grandes répteis ainda reinam.

No geral as piadas do filme são muito boas, mas a grande parte das risadas acontecem graças ao novo personagem Buck, uma doninha pscicótica caolha que caça dinossauros nesse mundo perdido. E como sempre o esquilinho Scrat sempre rouba a cena quando aparece, desta vez disputando sua querida castanha com uma esquilinha. No restante o filme é um pouco inferior ao segundo episódio.

Como este foi feito para os cinemas 3D, algumas cenas tem um enquadramento estranho para ver em 2D, mas que devem fazer mais sentido no 3D.

DRAGONBALL: EVOLUTION (nota ZERO)
Caramba, que filme ruim!!!! Eu realmente esperava uma bomba, e já aluguei o DVD por pura curiosidade mórbida, mas não estava preparado pra tamanha tranqueira. Sei lá, se pelo menos as lutas fossem bem coreografadas ainda vai, mas é uma pior que a outra. Não há continuidade nas cenas, os atores são um pior que o outro, os efeitos especiais são uma porcaria, o vilão é medíocre, NADA se salva, e olha que eu nem comecei a comparar com a obra original!!! Até agora eu só desci a lenha no filme por sí só.

Se eu começar a comparar com o divertidíssimo e cultuado mundo criado por Akira Toriama, a nota do filme seria -5 (isso mesmo, NEGATIVO!!!). Vencedor do troféu de PIOR DO ANO!!! Será injusto se não faturar todas as Framboesas de Ouro no ano que vem.

MONSTROS VS ALIENS (nota 6)
Filme divertidinho. Não é muito engraçado, mas dá pra passar 1,5h agradável. As melhores piadas são inspiradas por paródias de filmes clássicos da ficção científica.

Um grupo de monstros capturados por uma organização segreta dos militares americanos ajuda a deter uma invasão alienígena, e no meio disso está Susan, uma mulher normal que é atingida por um estranho meteorito e fica forte e gigante.

O personagem B.O.B. (a bolha azul) dá um show à parte, tanto no visual e na criatividade quanto nas piadas baseadas na sua falta de cérebro. As cenas de ação também são muito interessantes, em escala gigantesca. Vale a pena conferir com a garotada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Apertem os cintos, o piloto sumiu 2 (nota 8)

Ótima comédia, porém uma cópia do primeiro filme. Praticamente todas as piadas são repetições, só mudando o ambiente de um avião para um voo comercial para a lua à bordo de um ônibus espacial (?!!?!??).

Esta sequência foi escrita pelos mesmos roteiristas do primeiro, mas não foi dirigida pela trinca Zucker, Abrahams, Zucker, o que pode ser notado. Quase todos os atores aparecem novamente, com excessão do Leslie Nielsen, porém a participação especial de William Shatner, o eterno Cap. James Kirk, é impagável!!!

Não chega a ser tão bom quanto o primeiro, pelo fato de tudo ter aquela sensação de deja vu, porém ainda assim vai render muitas risadas. Afinal, todos ainda rimos das mesmas piadas do Chaves, certo?

O segurança fora de controle (nota ZERO)

Fiquem longe dessa bomba!! O filme é vendido como uma comédia, mas não tem nada mais frustrante do que pegar uma comédia e não dar NENHUMA RISADA sequer.

Já lí críticas dizendo que esse filme é uma obra prima do humor negro. Ô CARAMBA!!! Nada disso, só é um filme muito ruim, até o Napoleon Dynamite é mais divertido do que essa porcaria.

O timing das piadas é péssimo, as piadas são péssimas e geralmente recorrem a muito palavrão desnecesssário. O novo queridinho das comédias americanas, Seth Rogen, errou feio dessa vez, e olha que o cara já fez filmes brilhantes, como Segurando as Pontas.

Nota ZERO. Não aluguem!!!!! só se tiverem uma curiosidade mórbida tão grande quanto a minha em querer alugar o filme Dragonball!

domingo, 20 de setembro de 2009

UP - Altas Aventuras (Nota 10)

SENSASIONAL!!! Não tem palavra melhor pra explicar a nova obra prima da PIXAR. É impressionante como as mentes criativas desse estúdio continuam nos brindando com filmes tão incríveis, e sem deixar cair a qualidade nunca. A PIXAR chegou num ponto onde eles podem se dar o luxo de criar filmes que, além de ter um grande apelo comercial, também são profundos, complexos e artísticos.

Eu imaginava que o também sensacional Wall-E tivesse sido o ápice do estúdio, mas UP é igualmente brilhante. E imaginar que isso foi conseguido com o personagem Carl, que é um velhinho ranzinza (porém muito carismático), mostra o quanto seguros os criadores estão de suas obras.

E palmas novamente para o diretor/escritor Pete Docter, que já nos tinha dado o Mostros S.A. A sensibilidade do diretor é assombrosa. É impossível não se emocionar nos primeiros 10 minutos de UP. E ele faz tudo isso sem ser meloso ou melodramático, tudo com muito capricho e na medida certa.

E é claro que o humor também está presente, e é de gargalhar em alto volume no cinema. A dupla Carl e Russel (o escoteiro que precisa ajudar um velhinho) é hilária mas também comovente. Muitas das melhores piadas vem dos personagens secundários, o cão Doug e a ave Kevin.

ESQUILO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!..............................................

E nem preciso falar do visual do filme, né? Mais uma vez a PIXAR se sobressai na animação 3D, e pela primeira vez o estúdio trabalhou com exibição em 3D. E é lindo o visual, nós assistimos em 3D, e posso afirmar que não é aquele visual 3D exagerado e forçado, onde objetos são arremessados na sua cara só pra dar a impressão. Mais um ponto positivo!! Quando forem assistir, façam uma força para ver em 3D.

Eu fiquei meio receoso de ver a cópia dublada, pois em 3D só existe dublado, por conta da presença de Chico Anysio. Mas felizmente a dublagem ficou muito boa, eu diria até que perfeita, a combinação da voz do Chico com o resmungão Carl.

Tudo bem que a minha nerdisse queria que Star Trek fosse o melhor filme do ano, mas o título fica pra UP.
Nota1: O curta que geralmente é exibido antes dos longas da PIXAR, pra variar, é ótimo.
Nota 2: Vimos o trailer do aguardadíssimo AVATAR de James Cameron em 3D, e fiquei ainda mais empolgado!!

Duplicidade (nota 8)

Um ótimo filme com um ótimo enredo. O tema desta película é a espionagem industrial entre duas empresas rivais, onde os respectivos donos se odeiam muito, ficam sempre tentando roubar a novidade do outro a qualquer custo, e contratam ex-agentes da CIA e do MI6 para conseguir a vantagem e lançar o novo produto primeiro.

Aí entram os personagens de Clive Owen e Julia Roberts, muito competentes em seus papéis como de costume. Em várias ocasiões o filme conta o passado dos personagens em flashbacks, o que pode confundir um pouco no começo, mas depois tudo fica bem claro. Vale a pena conferir pela ótima história, um pouco diferente do habitual, pra quem gosta de filmes que te façam pensar um pouco.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Apertem os cintos, o piloto sumiu (nota 9)

Isso sim é que é comédia!! Um verdadeiro clássido dos diretores/escritores Jim Abrahams, Davic Zucker e Jerry Zucker, que nos brindaram com as também hilárias séries de filmes Corra que a Polícia vem aí, Top Gang e Top Secret.

Uma paródia com filmes de desastres de avião, TUDO é motivo de piada. E nem sempre a piada está em primeiro plano. Preste sempre atenção no fundo, pois se a cena parece séria demais, você que não está olhando pro lugar certo. E o humor é totalmente escrachado, non-sense, político, físico, escatológico, e por aí vai, tem de tudo um pouco. Uma verdadeira obra prima do humor!

Mas não podemos deixar de destacar a nobre presensa do saudoso e genial Leslie Nielsen (don't call me Shirley) e as recorrentes piadas (I just want to tell you good luck, we're counting on you) ou as respostas idiotas para perguntas como:
Doutor: "Eles estão doentes, precisam ir para um hospital."
Aeromoça: "É sério, o qué é isso?"
Doutor: "Um prédio grande cheio de médicos, mas isso não é importante agora".

Absolutamente genial!

Antes que o Diabo saiba que você está morto (nota 5)

Num espírito mais "alternativo", encarei esse filme do conceituado diretor Sidney Lumet. Não me agradou muito não, até entendo que possa ser considerado genial pelos fãs de cinema mais intelectual do que pipoca, mas sinceramente eu ODEIO filmes que pessoas burras fazem coisas extremamente IDIOTAS por causa de dinheiro.

Num geral as atuações são muito sólidas, com atores reconhecidos como Ethan Hanke, Phillip Seymour Hoffman, Marisa Tomei e Albert Finney.

É daqueles filmes mundo cão, onde tudo dá errado, muita gente se machuca ou machuca aos familiares, e que te deixa com um nó na garganta ao final, tudo por causa de dinheiro.

Napoleon Dynamite (nota 4)

Criei coragem, respirei fundo e assisti a essa comédia cult que foi muito comentada na época de seu lançamento. Digo que tive que criar coragem, pois já tinha visto Nacho Libre, produção da mesma mente criativa deste, e tinha achado um porre de filme.

E a sensação de Napoleon é exatamente a mesma de Nacho Libre. Um humor estranho, que mais de deixa incomodado e com vergonha alheia do que te faz rir. Uma coisa positiva é a entrega dos atores a proposta do filme. Duvido que qualquer um consiga entregar interpretações tão esquisitas quanto os presentes neste filme.

Na boa, até hoje a única comédia que tem como objetivo provocar vergonha alheia que conseguiu me fazer rir (e muito!!) foi a genial série The Office. Essa sim eu recomendo.

Ed Wood (nota 8)

Como eu já escrevi em outras criticas, sou fã do trabalho de Tim Burton. E é inegável que sua parceria com Johnny Depp sempre resulta em bons filmes, e Ed Wood não é excessão. Novamente Burton nos apresenta um personagem incrivelmente estranho porém muito carismático, que existiu realmente e ainda é considerado hoje como o pior diretor de cinema de todos os tempos. Eu nunca ví sequer uma cena dos filmes reais de Ed Wood, porém se o filme de Burton foi fiel ao material original, realmente devem ser terríveis.

E novamente Johnny Depp nos entrega uma interpretação incrível. É impressionante como ele se sente a vontade na pele de personagens excêntricos. Outra mensão honrosa fica para Martin Landau, que interpreta brilhantemente Bela Lugosi, o eterno Conde Dracula em seu fim de carreira e vida. Estranhamente Danny Elfman não compôs a trilha sonora deste filme.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sentença de Morte (nota 7)

Aí está uma grata surpresa! Aluguei esse filme totalmente no escuro, sem nunca ter ouvido falar nada sobre ele, baseado apenas na frase "Do mesmo diretor de Jogos Mortais" que estampa a caixa do DVD. E felizmente este diretor é James Wan, que dirigiu somente o PRIMEIRO Jogos Mortais, que é sem sombra de dúvida o melhor da série de torture porn.

Nesse filme conhecemos uma família americana feliz que se encontra em meio a uma tragédia familiar. Nesse momento o pai, interpretado com muita qualidade por Kevin Bacon, surta e faz uma estupidez que só piora as coisas. Tudo vai escalonando até o ponto sem retorno, onde somente o extremo resolve alguma coisa.

A direção do filme faz muito bem essa escalonada de tensão. Os ângulos de filmagem muito aproximados chegam a dar sensação de claustrofobia, e a câmera que corre sempre junto da ação ajuda muita a criar o clima. E o mais importante é que o filme não para em momento nenhum, sem deixar tempo para perdermos o interesse.

O enredo é bem simples e até bem previsível, mas a forma como ele desenrola foi muito bem feita. Tem ótimas cenas de ação, boas interpretações e é visualmente diferente. Recomendo para quem chega na locadora e não tem nada novo pra alugar.

O Clube dos Cafajestes (nota 8)

Finalmente criei vergonha na cara e assisti a uma das comédias mais cultuadas do cinema hollywoodiano. Clube dos Cafajestes mostra o dia a dia de festas, bagunça, e total descontrole da irmandade DELTA de uma universidade. Não faltam bebidas, peitos de fora, destruição e muitas risadas... eu acho que eu me daria bem num lugar desses, hehe!!

Mas é difícil ignorar que o filme está muito datado. Ele foi lançado em 1978, porém a história se passa na década de 60. Enquanto atualmente piadas sobre maconha são corriqueiras em filmes como o divertidíssimo Segurando as Pontas, aqui isso é demonstrado como um ato bem mais perigoso do que virar uma garrafa de Jack Daniels. E é muito estranho ver uma cena de um beck sendo compartilhado ao som de jazz com portas trancadas.

As músicas do filme num geral demonstram sua idade. As festas descontroladas da irmandade são embaladas por Beach Boys, e até por Otis Day & the Knights tocando SHOUT ao vivo. Eu não reclamo, pois adoro essas músicas, bem melhores do que as porcarias de rap americano que nos é enfiado goela abaixo. Além disso, a irmandade rival certinha é patética para aquela época, então realmente dá vontade de dar um murro na cara deles de tão arrumadinhos e certinhos que são.

Existem muitos rostos conhecidos. O mais lembrado de todos é John Belushi, o eterno Jake Blues, mais animalesco, bêbado e pscicótico do que nunca.

O filme realmente diverte muito. E temos que lembrar que hoje não existiria nenhum American Pie da vida se esse filme não tivesse começado tudo. É a origem dos college party/road trip movies.

domingo, 6 de setembro de 2009

O Estranho Mundo de Jack (nota 7)

Eu sou fã do estilo visual imposto por Tim Burton em seus filmes. E O Estranho Mundo de Jack transpira esse estilo visual em casa segundo de sua curta duração (o filme tem por volta de 1:15h). Animado totalmente com a técnica de Stop-Motion que voltaria a ser usada em Noiva Cadáver, este musical é lindo de se ver e ouvir. Impressiona o nível de detalhe na movimentação dos muitos personagens que aparecem.

E não se enganem, é um musical mesmo, por isso que não ganhou nota maior, pois eu não sou tão fã de musicais assim. Com músicas compostas e cantadas por Danny Elfman, habitual parceiro de Burton.

Continuo impressionado como Tim Burton consegue dar "vida" ao mundo dos mortos. Eu gostei mais deste filme do que o Noiva Cadáver. Vale a pena para quem gosta de animações e é obrigatório para quem gosta de Tim Burton. Estou ansioso para ver o Alice no país das maravilhas do diretor.

Se beber, não case! (cont.)

Só vou complementar o que a Ju já escreveu sobre esse divertidíssimo filme. Esse realmente é de rolar no chão de rir. Passei mal no cinema!!!

E viva o politicamente incorreto!!! Atualmente é tão fácil um filme perder boas piadas por conta dessa mania de não ofender ninguém, mas graças a Las Vegas, até piadas com o Holocausto passam sem causar nenhum desconforto.

Só fica um porém, que não tem nada a ver com o filme em si, mas para obter uma classificação etária menor, o filme sofreu cortes aqui no Brasil. Palhaçada!!!

Mas é isso aí, quer dar muitas risadas? Não perca esse filme.

TOP TEN da DÉCADA - Ensaio

Bom, quem lê o Blog já sabe que planejamos para breve o Top Ten da década, afinal, final de década tem que ter lista dos melhores filmes... Todo mundo vai fazer a sua e nós não vamos ficar de fora... Como eu já escrevi num post anterior, não dá para fechar a lista ainda por que o ano não acabou -vai que temos surpresas nesses 4 meses - mas dá para colocar na mesa alguns nomes que surgem quando falamos dos melhores desses anos 2000...

Aí tem uma listinha (em ordem aleatória) de filmes que estão sendo considerados para fazer parte do Top Ten....

Brilho eterno de uma mente sem lembranças (não precisa nem falar, né?)
Wall-e
Extermínio
Os infiltrados
Procurando Nemo
O Senhor do Aneis - O Retorno do Rei
O Senhor dos Anéis - As Duas Torres
Montros SA
Orgulho e Preconceito
Batman - O cavleiro das trevas
Moulin Rouge
Cidade de Deus
O Fabuloso Destino de Amélie Poulan
O Pianista
Kung Pow
Hotel Ruanda
Snatch
Filhos da Esperança
Naufrago

Quem quiser contribuir indicando seus favoritos ou sugerindo outros filmes vai ser muito bem vindo...

Se beber, não case! (nota 10)


Comédia excepcional!!! É de passar mal de rir! De dar vexame no cinema!!! Não é a toa que é o grande azarão das bilheterias no ano... Honestamente não sei dizer quando foi a última vez que dei tanta risada num filme....

Além de ser engraçadíssimo, é um filme excepcional para série pré Las Vegas 2009!!!! É essa wild drunk and crazy Vegas que queremos vivenciar! O filme aguçou mais ainda a expectativa... Não vejo a hora!!! Esses 2 meses tem que voar!!!!

Moulin Rouge (nota 10 ou 11, pode?)


Depois de um tempo razoavel sem assistir Moulin Rouge, foi impressionante e emocionante revê-lo, ainda mais com uma infraestrutura adequada (tv e som, if you know what I mean...). MOULIN ROUGE É INCRIVEL!!!!!!!! BAZ LURMAN É INCRÍVEL!!!!! Como eu sempre achei, Moulin Rouge não é um filme para ver, é um filme para SENTIR! Quem não viu, pára tudo que tá fazendo e vai ver AGORA!

PS: Filme garantido nas primeiras posições do Top Ten da década....

PS2: Sobre o aguardadíssimo Top Ten da década, não seria correto lançá-lo agora, afina ainda faltam 4 meses para o ano acabar. Vai que temos uma surpresa por aí, afinal esse ano tem James Cameron ainda....

Menino do Pijama Listrado (nota 8)


Antes de mais nada, reconheço que Agosto foi o mes do desgosto no Blog.... Eu até vi uns filmes (esse do post inclusive), mas não escrevi... Vamos ver se os ares da primavera fazem bem ao Blog....


Sobre "Menino...", é difícil um filme ruim sobre 2ª guerra - tema que eu considero dos mais interessantes e rentáveis para o cinema... Esse traz mais uma das milhares de histórias que já vieram a tona desse período... É (como tudo de 2ª guerra) interessante e emocionante e tal... O que diferencia este da maioria é que ele não é uma história real e o autor do livro é contemporaneo. Isso talvez faça com que seja menos sofrido acompanhar do que um filme que sabemos se tratar de uma história real... Mas vá lá... O filme é muito bom e os meninos são ótimos!

sábado, 5 de setembro de 2009

Anjos e Demonios (Nota 8)

Isso sim é uma sequência que aprendeu com seus erros anteriores. Continuação de O Código DaVinci, este filme soube não repetir os erros que tornaram o filme anterior chato e ruim, nos proporcionando muita diversão ao longo de sua exibição. Enquanto no primeiro filme os diálogos eram vagarosos, desinteressantes, com um excesso de explicações (ainda tem gente em Hollywood que acha que seu público é muito burro) e praticamente sem um clímax, neste quase não há explicações, obrigando quem está vendo a pensar um pouco, além da correria que nos deixa sem fôlego, mas correria de qualidade. A tensão é crescente desde o primeiro minuto de exibição.

Tom Hanks também está melhor aqui. No primeiro filme ele parecia um robozinho atuando no automático, neste seu retorno ao personagem Robert Langdon, ele parece mais a vontade com uma atuação mais natural, além de ter mais cenas de ação.

Fica aí a dica de um bom filme. Divertido, intrigante e com um final "kinder ovo".

sábado, 29 de agosto de 2009

Heróis (nota 5)

Eu aluguei esse filme achando que não seria grande coisa, e não me decepcionei. Realmente não é lá nenhum novo Matrix. Não chega a ser ruim a ponto de insultar a sua inteligencia, mas simplesmente não empolga em momento algum.

É muito claro que esse filme é fortemente baseado na série Heroes, e nos X-Men, mas ainda assim falta um pouco sal na mistura. As cenas de ação são interessantes e os efeitos especiais também, mas o enredo é meio bobo, e a presença da chatinha Dakota Fanning não ajuda em nada.

Vale assistir num domingo chuvoso que não tem mais nada passando na tv.

Sexta-feira 13 (nota 7)

Sim, Jason está de volta!!! É uma ótima volta na minha sincera opinião. Nunca fui muito fã de slasher-movies, ou seja, desses filmes que um maníaco mascarado anda devagar e consegue matar todo mundo, talvez por que eu já tenha me interessado pelo gênero quando já estava decadente e virou piada. Mas confesso que os recentes remakes como divertido Massacre da Serra Elétrica, que trouxeram um tom mais realista e clima muito pesado, me incentivaram a conferir esse retorno do mais emblemático dos maníacos assassinos!

E o filme não decepciona os fãs do gênero. Com mortes violentas, adolescentes tarados, peitos de fora, muitos sustos, todos os ingredientes típicos estão presentes, mas com um upgrade dos dias atuais. Jason não é mais aquela estátua, está mais mortal do que nunca. Ele caça os adolescentes com habilidade, corre para matar, atira de longe e nunca erra.

Não é nada que irá inovar o cinema, mas é diversão garantida pra quem curte o estilo.

J.C.V.D. (Nota 7)

Depois de uma longa ausência, estamos de volta!!! E nada melhor do que voltar com um símbolo da decadência do cinema dos anos 90 tentando se reerguer das cinzas. Sim, é ele, Jean-Claude Van Damme, o Grande Dragão Branco!!!

Nesse filme falso-autobiográfico, o ator belga interpreta ele mesmo (um ator falido e que perdeu a família em disputas judiciais, sem novos contratos) numa situação fictícia, mas que é bem próxima da vida do ator, que se perdeu em Hollywood por culpa de empresários, drogas, álcool, e por aí vai.

Parece que o ator quis se exorcisar nesse filme. Durante um monólogo bastante emocionante no meio do desenrolar do enredo ele chega a comover com os arrependimentos do que deixou acontecer com sua vida. É ao mesmo temo deprimente mas não deixa de ser comovente.

Não pense que é um filme de pancadaria como de costume, longe disso. Mas é muito interessante e vale a pena ser conferido.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

INDIANA JONES

Aproveitando que o Telecine me deu uma ótima desculpa ao exibir neste domingo chuvoso e friorento todos os quatro filmes, resolvi escrever um pouco sobre uma das séries de aventura favoritas de muitas pessoas, e com certeza uma das minhas também.

Não preciso ficar explicando quem é Indiana Jones, certo? Um dos mais cultuados personagens que já faz parte do consciente coletivo da cultura pop, o cinema de aventura não existe sem o Dr. Jones e compania. Muitas vezes imitadas, as aventuras de Indy são um dos maiores modelos de filmão pipoca e diversão garantida. Idealizado por mentes como as de George Lucas e Steven Spilberg (este último que também dirigiu todos os filmes) e protagonizado pelo ótimo Han Solo... errr... quer dizer, Harrison Ford em sua melhor época, trilha sonora incrivelmente marcante pelo John Williams, não tinha como dar errado. É só pegar o balde de pipoca e aproveitar.

Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (nota 10)
Na aventura original de Indy, logo em seus primeiros minutos temos algumas das cenas mais lembradas do cinema, como a fuga da enorme pedra rolante após pegar o ídolo dourado de seu altar. Neste filme Jones crusa com diversos personagens muito interessantes, como o seu interesse romântico Marion Jones, seu amigo Sallah (que retornariam ambos futuramente a série) e os sempre presentes nazistas, na sua busca pela Arca da Aliança, onde estão as tábuas dos 10 mandamentos. O objeto de desejo deste filme será lembrado por quase todos os outros, e durante este longa a arca é cercada de mistério e misticismo até o final da exibição, nos prendendo a atenção sempre e torcendo pelo herói.

Indiana Jones e o Templo da Perdição (nota 9)
Uma curiosidade sobre este filme é que na cronologia do personagem, ele se passa antes do Caçadores da Arca Perdida. Basta prestar atenção no início dos filmes que aparece a data dos acontecimentos, enquanto o "Arca" se passa em 1936, o Templo da Perdição se passa em 1935. Neste filme encontramos Indy se enfiando em uns problemas na Índia, onde ele ajuda uma aldeia a recuperar um artefato religioso de um monarca maligno. Vou explicar melhor a razão da nota mais baixa. Apesar de o ajudante de Indy neste filme ser divertido e não chato, o divertido Short Round, o interesse romântico é mais chatinho, a personagem Willie Scott, e o objeto de desejo não é lembrado por boa parte do filme. Enquanto no primeiro longa todos estão intensamente procurando pela Arca da Aliança, neste filme quase que esquecemos das pedras Sankara. Mas de longe isso torna o filme pior, ainda temos uma aventura extremamente divertida, mas sem o mesmo engajamento do primeiro. E a perseguição de carrinhos na mina no final do filme, junto com a cena na ponte de cordas é de tirar o fôlego. Outra cena memorável que mostra como filmes eram feitos "na raça", é o momento quando Willie é coberta com cerca de 2000 insetos reais. Eeeeca!!!!

Indiana Jones e a Última Cruzada (Nota 11)
Neste longa Indy volta a procurar por um objeto religioso cristão, que é o Cálice Sagrado que foi utilizado por Cristo na última ceia, e novamente se depara com os insistentes nazistas em seu caminho. A nota deste filme é maior por um único motivo, todas as qualidades da "Arca" somando a presença de Sean Connery vivendo o pai de Indy em um papel memorável. A interação entre ambos é impagável, gerando momentos divertidíssimos. Temos também a volta de outros personagens, como Sallah e Marcus Brody. Este filme parece ser maior do que os anteriores, lutas em grande escala, templos enormes no deserto e nas catacumbas de Veneza, e por aí vai. Certamente a melhor aventura de Indy e garantia de diversão.

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Nota 7)
Após longos 19 anos sem um novo Indy nos cinemas, George Lucas, Steven Spielberg e Harrison Ford finalmente lançam nos cinemas o aguardadíssimo Reino da Caveira de Cristal, onde nosso herói luta contra os Russos para recuperar um objeto estranho de origem desconhecida. Infelizmente não foi tão maravilhoso como se esperava, existem vários problemas que atrapalham o filme, com o excesso de efeitos digitais, a idade avançada do ator principal obrigando a todas as cenas de ação serem filmadas de longe pra não vermos o duble, um roteiro que não convence muito com soluções muito rápidas e fáceis para os enigmas que aparecem, personagens secundários que não são tão carismáticos como os de costume, e um objeto de desejo sem graça e que parece um brinde do McLanche Feliz. Me desculpem, mas aquele papel celofane amassado dentro da caveira de plástico me incomodou muito. Então por que o filme não recebeu uma nota MUITO mais baixa?? Simples, por que apesar de tudo, ainda é Indiana Jones. Não tem como assistir no cinema e não se emocionar com o mesmo tipo de aventura frenética, cenas absurdas, os mesmos efeitos sonoros, as mesmas piadas de efeito, e por aí vai. Mas pra nós brasileiros o filme comete um erro geográfico que irrita muito (o mesmo já cometido por James Bond na época de Roger Moore) quando um barco viajando nas águas do rio Amazonas cai nas Catarátas de Foz do Iguaçú. O filme vale muito pela nostalgia.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Tropa de Elite (Nota 10)

Meus amigos sabem muito bem que eu não gosto de filme brasileiro. Mas não é culpa minha, só não tenho estômago pra ver nada que se pareça com uma novela da globo (eeeca!!). Mas felizmente existem alguns poucos indivíduos que sabem sair do "padrão globo de qualidade" (eeeca de novo!!!) e nos entregam verdadeiras obras primas.

Não vou ficar perdendo meu tempo explicando o enredo do filme, pois acho que todos já estamos saturados com as falas de efeito do Cap. Nascimento, mas o diretor José Padilha conseguiu brilhantemente transformar esse filme num triler de ação como nunca tinha se visto em produções nacionais. A montagem do filme é fantástica, e as atuações incríveis. E sem contar que eu adoro os comentários sarcásticos na narração do Cap. Nascimento.

Esse filme e o fantástico Cidade de Deus são, na minha humilde e preconceituosa visão, os melhores filmes já produzidos em terras brazucas. Se ainda não viram (tem que não tenha visto ainda???) está perdendo um baita filme.

Gran Torino (Nota 10)

O Clint Eastwood é um cara muito foda!! É impressionante a habilidade dele como diretor pra contar uma história honesta e comovente. Neste seu trabalho mais recente ele nos entrega com a diereção e atuação um filme tão bom quanto Menina de Ouro, e que também vai te deixar com um nó na garganta.

Clint interpreta Walt, um veterano da guerra da Coréia, durão e frio, que acaba de perder sua esposa. Ele é afastado dos filhos e não tem a menor afinidade com seus netos. É um dos poucos moradores americanos que sobrou num bairro tomado por imigrantes e gangues, como seus vizinhos, uma família tailandesa. Walt passa mais da metade do filme resmungando e fazendo cara de pousos amigos, mas isso faz dele um personagem incrivelmente carismático.

Fica aí a dica pra um dos melhores filmes do ano. Quem gosta do estilo de filme de Clint Eastwood pode ficar tranquilo que irá adorar.

sábado, 18 de julho de 2009

Pagando bem que mal tem? (Nota 7)

O título do filme pode até parecer meio bobo, no melhor estilo sessão da tarde, mas na verdade até que é legal. O filme mais recente do diretor/escritor/master-nerd Kevin Smith conta a história de dois amigos de colégio que moram juntos, mas devido a dificuldades financeiras resolvem fazer um filme pornô pra ganhar dinheiro.

O humor geral do filme é bem no estilo Kevin Smith, recheado de palavrões e situações absurdas, usando bastante sexo em suas piadas (mais do que o normal, tendo em vista o teor do filme). Eu gargalhei histericamente em várias cenas, mas confesso que duvido que seja do gosto de todos.

Eu só achei que do meio pra frente o filme foge do padrão Kevin Smith, e fica mais parecido com as comédias de Judd Apatow, por conta da substituição da comédia doentia pelo romance. Não sei se o ator/escritor Seth Rogen, grande colaborador de Apatow, teve algum dedo no roteiro, mas ficou com a cara dele.

Harry Potter e o Enigma do Príncipe (nota 8) Por Felipe

Esse filme do Harry Potter foi o primeiro que eu assisti já tendo lido o livro antes. Até então eu só conhecia mesmo os filmes. E confesso que apesar de ter gostado bastante do filme, senti a falta de algumas informações muito importantes pra trama e principalmente para o bom entendimento do próximo e último capítulo da saga.

O livro é enorme, e exigiu um verdadeiro trabalho de quebra-cabeça para ser adaptado em 2,5h, então MUITA coisa foi deixada de lado, algumas coisas realmente críticas que não sei por que foram cortadas, e algumas coisas bobas e desnecessárias, como os tios chatos do Harry Potter.
Mas felizmente o que ficou da história foi muito bem filmado. Esse livro é mais parado do que o anterior (A Ordem Fênix), portanto alguns podem achar mais chato, pois o enfoque é muito grande no lado do romance adolescente dos personagens. Os personagens estão mais maduros, e os atores souberam representar isso bem.
É isso aí, eu considero que este filme é mais uma introdução ao próximo capítulo, ou seja, o começo do final. Vão e assistam com mente aberta (principalmente os fãs chatos), que irão certamente se divertir.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Harry Potter e o enigma do príncipe (Nós já vimos!!!!!!) nota 9


ACABAMOS DE VOLTAR DE UMA BATALHADA SESSÃO DE CINEMA, EM QUE ASSISTIMOS O 6º FILME DO HARRY POTTER NA ESTREIA!!!!! EM FUNÇÃO DO ADIANTADO DA HORA, NÃO ESCREVEREMOS DETALHES HOJE... EM BREVE FAREMOS NOSSOS COMENTÁRIOS ... POR HOJE BASTA DIZER QUE ESTAVAMOS LÁ NA ESTREIA E FOI MUITO BOM!!!!!!

domingo, 12 de julho de 2009

Um louco apaixonado (nota 6)



Esse filme tem aquele ator inglês de comédia Simon Pegg, que é um rosto já conhecido em comédias bem inglesas dos últimos tempos, como “Todo mundo quase morto” ou “Chumbo Grosso”. Só de vê-lo na capa, já assumimos de tratar de outra comédia inglesa, mas esse não é o caso. Embora seu personagem seja um inglês típico, como em seus outros filmes, apenas isso é inglês. É exatamente esse personagem típico inglês a grande sacada do filme, pois mostra toda a inadequação cultural entre ele e a realidade americana que o personagem se insere. A trama toma contornos claros de comédia romântica americana e até que é interessante.
Alguns pontos que vale o comentário:


- Tem muitas referencias legais a outros filmes e coisas típicas de cinema, como a relação da redação com os “publicists”, ou os golpes de marketing para promover novas estrelas.

- Legal que todo filme dentro de um filme é muito ruim. Isso já é tradição.

- Curioso ver a Megan Fox interpretando ela mesma - uma péssima atriz, bem piranhona, que se transforma do dia para a noite na celebridade que está em todos os lugares graças a um baita planejamento de marketing e divulgação.

O espião (nota 9)




Muito bom esse filme! Show do Jim Sturgess como Martin, um irlandês membro do IRA e informante da polícia – realmente gosto muito dele. Muito bem no filme também está o Ben Kingsley como o agente da polícia, contato de Martin.

Mais interessante – e chocante - é que se trata de uma história verdadeira, e o Martin verdadeiro realmente enfrentou tudo que o personagem de Jim passa no filme... e o pior é que ainda enfrenta... Tem que ver o filme para entender. É um filme violento, mas recomendo muito.

Ele não está tão afim de você (nota 6)


Quem lê o blog sabe que eu tenho um problema com filmes que tem várias mini-tramas paralelas. Até que esse é bem melhor que a maioria, mas ainda cai no velho problema desses filmes – a diferença de qualidade entre as mini tramas: uma sempre se sobressai ás outras.
Nesse caso, a história mais interessante é a da solteira Gigi, que é o reflexo da situação de muitas jovens solteiras nos dias de hoje – as dúvidas, as dificuldades e as principalmente as trapalhadas na busca de um par. A historia da Jennifer Aniston com o Ben Affleck é fofa, mas é a mais coadjuvante. Sobram ainda 2 ou 3 histórias que são menos interessantes e acabam tirando o tempo das mais interessantes... De qualquer forma, é um dos melhores que eu já vi nesse estilo de filme...

O último Rei da Escócia (nota 7)


Filme de África baseado em fatos reais é sempre chocante. Como é possível que um continente inteiro – praticamente independente do país (nesse caso Uganda)– viva afundado em guerras civis e ditadores tiranos com poder de sobra sobre praticamente nada. Também é impressionante o descaso dos países que se consideram os “delegados” do mundo com as atrocidades que acontecem na África. Enfim... Vamos ao filme..

O Forrest Whitaker realmente está espetacular como o tirano Idi Amin – sua performance é de assustar criancinhas. O “mocinho” é interpretado pelo James McAvoy, que vem pintando como um dos novos queridinhos de Hollywood, também tá muito bem nesse filme. Vale a pena assistir.

*TOP 5! Filmes de adaptação de quadrinhos

Estava demorando pra eu fazer uma lista dessas, certo? Acho que era uma das mais óbvias tendo em vista minha inclinação nerd para gostar dos filmes de quadrinhos. Então, sem mais delongas, segue a lista dos filmes que considero melhores filmes, que por consequência foram as melhores adaptações de heróis dos quadrinhos:

5º lugar: Superman - O Filme
Este filme de 1978, dirigido por Richard Donner é o que definitivamente imprimiu a imagem do Superman na cultura pop. O Superman vivido pelo finado Christopher Reeve é simplesmente perfeito. E se considerarmos que este filme já tem mais de 30 anos, ele resistiu muito bem, provando que foi feito com muita competência por todos os envolvidos.

4º lugar: X-Men 2: X2 - X-Men United
O primeiro X-Men foi bem divertido e serviu pra mostrar que este tipo de filme poderia ser muito lucrativo, porém o segundo é o ápice da série mutante nas telonas. Com a direção certinha de Brian Singer, uma quantidade ideal de personagens na tela, uma história que te prende com reviravoltas e situações interessantes e cenas de ação de tirar o fôlego (a abertura que mostra a invasão do personagem Noturno (um dos meus favoritos) na casa branca é de cair o queixo), fazem desse filme diversão garantida.

3º lugar: Homem de Ferro
Este filme tem o mais perfeito equilíbrio entre ação, humor, romance, efeitos visuais, interação entre personagens, e por aí vai. Não tem como não gostar desse filme, e não tem como não gostar do canastrão Tony Stark, interpretado brilhantemente pelo Robert Downey Jr. Agora é esperar pelo Homen de Ferro 2 no ano que vem pra ver se conseguem manter a mesma qualidade.

2º lugar: Homem Aranha 2
Assim como em X-Men, o primeiro Homem Aranha é fantástico, e elevou os filmes de heróis a mega-produções de enorme arrecadação de bilheterias, mas é no segundo filme que temos o ápice do cabeça de teia. Com direito a todos os conflitos da vida atrapalhada de Peter Parker, e ótimos momentos de heroimos com cenas de ação incríveis com o ótimo vilão Dr. Octopus, é impossível não ver esse filme e sair com um sorriso no rosto.

1º lugar: Batman - O cavaleiro das trevas
O que eu posso escrever sobre esse filme que já não escrevi antes? Acredito que o pior problema desta produção é justamente a de ter atingido a quase perfeição. Com um enredo de dar inveja, cheio de traições e reviravoltas, muitos conflitos pessoais do herói, o vilão Coringa imortalizado pelo finado Heath Ledger, e uma atmosfera completamente sombria, qualquer coisa que virá depois dele terá um enorme caminho a percorrer pra tentar chegar ao mesmo nível. Este filme conseguiu o impressionante feito de atingir a marca de US$1 bilhão de arrecadação mundial, coisa que só outros 3 filmes já tinham conseguido.

Appaloosa (nota 6)

Neste western moderno acompanhamos a vida de dois pistoleiros (vividos por Ed Harris e Viggo Mortensen) que se oferecem para policiar a cidade de Appaloosa, que está sendo feita de refém por um bandido politicamente influente (vivido por Jeremy Irons).

Este é um bom exemplo de western, com diálogos curtos e sem muita emoção, muita poeira voando e trocas de tiros rápidos, sem grandes enrolações e "balé de balas". Achei o filme bem interessante, mas um pouco chato. Não é ruim, achei a produção muito caprichada, mas não me empolgou. Fica aí a dica pra quem gosta do estilo.

sábado, 11 de julho de 2009

Hellboy II: O exército dourado (nota 8)

Mais uma divertida adaptação de quadrinhos para as telonas. E nem perguntem, pois nunca lí os quadrinhos do Hellboy, então não esperem comparações. Mais uma vez dirigido pelo esquisito Guilhermo del Toro, este consegue usar de toda a sua criatividade fantasiosa nesse filme, que acho ser mais divertido do que o primeiro. Talvez pelo fato de os personagens já estarem estabelecidos, os escritores puderam os utilizar melhor, fazendo a interação entre eles ser mais interessante.

Desta vez acompanhamos o herói demoníaco enfrentando seres saídos diretamente dos contos de fadas, mas de forma mais macabra. E Del Toro escolheu fazer isso de uma forma muito interessante, abandonando um pouco o excesso de computação gráfica e utilizando maquiagem e bonecos no melhor estilo A Lenda (lembra, aquele filme com o Tom Cruise moleque???) ou O Labirinto, trazendo um certo "realismo" que eu havia esquecido neste tipo de filme. É lógico que a computação ainda está presente nas batalhas em grande escala, mas mesmo assim está muito caprichada.

Não é um filme que vai ficar na sua memória por muito tempo, mas sem sobra de dúvida é uma ótima pedida pra uma boa aventura descompromissada.

Arn - Cavaleiro Templário (Nota 5)

Esta produção sueca conta a história de Arn, um jovem que é acusado indevidamente de um ato pecaminoso, e é enviado para Jerusalém durante as cruzadas no século 12. Ele retorna para casa para ser um dos grandes nomes da história de seu país, por ser responsável pela unificação do reino da Suécia, dando fim ao conflito entre clãs rivais. Eu não consegui descobrir se essa história é real ou não.

O filme é meio morno, e nunca consegue realmente empolgar. Ele lembra muito o filme Cruzada (aquele com Orlando "Legolas" Bloom) e também um pouco do Coração Valente (uma versão "suecada" destes filmes talvez, hehehe). O interessante é justamente se tratar da origem de um país meio afastado das grandes produções, nos trazendo assim uma história um pouco diferente.

Mas como disse, o filme nunca consegue empolgar, talvez por um roteiro fraco que não entrega personagens memoráveis, além de combates meio esquisitos. Vale o aluguel pra passar um domingo chuvoso em casa, caso já tenha assisitdo tudo que tem na locadora.

domingo, 5 de julho de 2009

O Incrível Hulk (nota 6)

Antes de tudo vamos deixar claro que estamos falando do filme de 2008, protagonizado pelo Edward Norton. Caso eu fosse escrever sobre o filme de 2003, que foi dirigido pelo Ang Lee, a nota provavelmente seria 8, mas vou explicar melhor

Eu como um bom nerd, estou adorando esta mania de transformar em filmes os quadrinhos que já me divertiram muito. O Hulk nunca foi um dos meus personagens favoritos, mas as vezes faziam algumas histórias muito boas com ele. Neste filme infelizmente não escolheram uma das mais interessantes como base para o enredo principal. Eu tenho a impressão que este filme se utilizou muito mais do seriado dos anos 70 do que nos quadrinhos, diferente do filme de 2003, onde foi escrita uma história de origem muito boa e original, com uma boa dose de psicologia e com muito estilo.

A direção do frances Louis Leterrier faz bem o que o filme promete, um grande blockbuster cheio de ação, muita pancadaria, explosões e efeitos especiais. Uma das reclamações gerais sobre o filme de 2003 era justamente a pouca quantidade de cenas de ação e o excesso de falação, então neste filme de 2008 fizeram justo o contrário, capricharam na quebradeira e deixaram a falação de qualidade de lado. No filme de 2003, a direção de Ang Lee faz a diferença, dando um visual realista, com personagens mais profundos.

Quanto aos atores principais, acho que Edward Norton fez um bom trabalho, sendo mais interessante pro papel do que Eric Bana, mas nenhum dos dois é totalmente memorável no papel. Agora, a Liv Tyler pode ser uma gracinha, mas ela leva um cacete da Jennifer Connoly. Outro personagem que era muito forte no filme de 2003 era o Gen. Ross interpretado por Sam Elliott, um adversário digno do Hulk, O Gen. Ross interpretado pelo William Hurt é apenas uma caricatura de um perseguidor descerebrado e raivoso estilo Cap. Ahab.

Mas vamos ao que interessa, o filme deveria ser um blockbuster de ação, correto? E felizmente ele faz isso muito bem, com efeitos visuais incríveismas um pouco exagerados eu diria. O visual do Hulk é bem poluído, e as tomadas da ação as vezes é muito próxima.

Este filme tem um momento meio constrangedor para nós brasileiros. A primeira parte do file se passa no Brasil, mais precisamente, nas favelas do Rio de Janeiro. Tem um momento que Bruce Banner arranja uma confusão com uns residentes locais, e a produção do filme não teve nem a decência de contratar atores brasileiros. Quando o filme foi exibido nos cinemas daqui, foram obrigados a dublar em português, de tão ridículo que ficou, pois nem dá pra entender que diabos de língua é falada.

É isso aí, eu sou fã do filme de 2003, e acho que esse de 2008 serve como um passatempo, mas vale a tentativa da Marvel em expandir seu universo nas telas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Lista de melhores filmes da década!!

É isso aí pessoas (se é que tem alguém acompanhando esse blog...) já chegamos oficialmente no meio do ano, e infelizmente não parece que teremos mais nenhum grande lançamento até o final do ano, pelo menos não daqueles que serão elmbrados para sempre (a não ser a promessa do novo filme de James Cameron, o AVATAR, mas isso fica pra dezembro).

Eu e a Ju estamos preparando uma lista com os 10 melhores filmes da década atual, os anos 00, ou seja, os que foram lançados entre os anos 2000 e 2009.

Peço que mandem idéias e indicações de filmes, mas tem que ser daqueles que realmente merecem algum destaque.

Abraço!

domingo, 28 de junho de 2009

Orgulho e Preconceito (nota 9)


Vale para cá o mesmo que escrevi sobre Jane Austen em razão e sensibilidade – ela é incrível. Difícil dizer qual dos dois filmes é melhor.... Embora diferentes, ele são igualmente românticos e encantadores.

Em Orgulho, impossível não se apaixonar pelo Mr. Darcy. Se tiver uma coisinha para criticar, é que eu acho que faltou pelo menos um selinho naquela maravilhosa cena que Elizabeth e Darcy se encontram ao amanhecer.

Razão e Sensibilidade (nota 9)


Incrível essa Jane Austen! É maravilhoso que histórias que se passam em um tempo e um cenário tão específicos conseguem ser emocionantes em uma realidade tão diferente, afinal estamos falando de mocinhas casadouras do interior da Inglaterra do séc. 19, e mesmo assim ainda é lindo...

Nesse filme que já tem uns 15 anos é impossível não se encantar com as irmãs Dashwood e torcer pelos seus finais felizes. O destaque é para Kate Winslet – um dos seus primeiros papeis antes mesmo de Titanic, inclusive foi sua primeira indicação ao Oscar... Outra coisa que não sei se todos sabem, é que esse filme é dirigido pelo Ang Lee (o mesmo de O Tigre e o Dragão e Brokeback Mountain).

Bridget Jones – No limite da razão (nota 3)

Que pena! O 1º é tão fofinho... Infelizmente eles erraram feio no 2º. Bom, vou fazer um mea culpa, como não li os livros, não sei se a responsabilidade é toda do filme, mas acho que não. Creio que o 2º livro já não é tão bom e o filme conseguiu piorá-lo.

A coisa começa a se perder já na história, que é totalmente sem pé nem cabeça – pretexto ridículo para Bridget e Marc terminarem, Daniel aparecendo da forma mais besta do mundo, lésbica gostosona apaixonada pela Bridget, prisão na indonésia... precisa continuar?

Da responsabilidade do filme: 1-creio que se no primeiro ela era apenas um pouco estabanada nesse ela virou uma idiota completa. 2- Eles passaram totalmente da medida com as músicas – tem umas 8 musicas de clímax no final do filme – insuportável! E por aí vai.... Realmente uma decepção.

Promessas de um cara de pau (nota 6)

Antes de qualquer coisa, pedimos desculpa por junho ter sido um mês tão fraquinho de posts. Além de termos visto poucos filmes, deu uma preguiça de escrever....


Esse filme foi um ilustre desconhecido que pareceu interessante pela propaganda do telecine - antes disso nunca tinha ouvido falar. Isso talvez por duas razões: 1- ele tem cara de ser um filme feito para TV (tem muito isso nos EUA); 2- É um filme americano, sobre americanos e para americanos.

De fato o filme é interessante: uma eleição presidencial será definida pelo voto de uma única pessoa, que por sinal é um legitimo “white trash” – imagine aí a repercussão que o assunto ganha em todo o pais e movimenta a vida de todos – está tudo lá, desde o circo da mídia até os marketeiros presidenciais. Com essa premissa, o filme traça um perfil vergonhoso de parte da população americana, mostrando sua alienação. Como não podia deixar de ser em um filme bem americano, a lição no final é garantida.

Rebobine Por Favor (nota 8)

O diretor Michel Gondry é um cara realmente genial. A idéia de "suecar" filmes é incrível e hilária. Pra quem não sabe ele foi responsável pela brilhante direção do Brilho Eterno (trocadilho idiota) e nos presenteia aqui com um dos melhores filmes do ano passado.

Neste filme, os personagens de Jack Black e Mos Def dirigem uma das poucas locadoras que ainda não oferecem DVDs, e por causa de um acidente são obrigados a refilmar os filmes com recursos próprios da forma que lembram, as vezes sem quase nenhum conhecimento do roteiro. Dessa forma, os filmes "suecados" são muito trash, mas com um toque de criatividade que relembra o início da 7ª arte. Dentre os filmes que são suecados temos Caça-Fantasmas, Robocop, Conduzindo Miss Dayse, 2001, Hora do Rush 2, e por aí vai.

Não é um filme que fará você chorar de rir, mas que o deixará com um sorriso constante no rosto, um verdadeiro feel good movie.

Vale a pena ver até onde vai a mente doentia do Gondry, que suecou o trailer do seu próprio filme. Vejam aqui o original e aqui o suecado, onde ele mesmo interpreta todos os papéis. Hilário.

Operação Valquiria (Nota 8)

Após uma longa ausência, culpa de um vício exagerando em PS3, finalmente uma nova crítica de filme. Se trata de Operação Valquíria, baseado em fatos reais ocorridos durante a II Guerra Mundial, quando um grupo de oficiais alemães opositores ao regime nazista tenta assassinar Hitler, tomando o controle do governo.

Este filme é muito interessante, pois não é o típico filme de II Guerra, pois nunca aparecem americanos, russos ou qualquer outro membro dos aliados, sendo focado somente nas manobras políticas dos oficiais alemães que eram contra a guerra, na tentativa de assassinato do Hitler. Tentativa esta considerada como a mais perigosa e "quase bem sucedida", das várias vezes que Hitler teve sua vida em perigo por obra dos próprios alemães.

O elenco é composto de muitos rostos ingleses conhecidos, mas o papel principal ficou nas mãos de Tom Cruise, que não faz feio mas também não impressiona. A direção de Brian Singer como sempre é muito competente.

Fica aí a dica, não é um filme de guerra cheio de ação, mas sim de muita intriga política que consegue ainda assim tirar seu fôlego.

domingo, 7 de junho de 2009

Fim dos Tempos (Nota 2)

Caramba, eu tinha total convicção que esse filme seria ruim, mas não tinha ideia que seria TÃO ruim assim. O Shaymalan pisou na bola feio com essa atrocidade. E olha que eu não sou daqueles que desce o pau em todos os filmes dele, gosto bastante do Sinais e do A Vila, mas Fim dos Tempos me surpreende por ter sido aprovado e realmente liberado para o público.

Não se deixe enganar pelo trailer do filme que até chega a empolgar, aquele climão de tensão e suspense que o Shaymalan sabe criar muito bem até está presente neste "filme", mas as situações são tão ridículas que a tensão se torna uma risada do tipo vergonha alheia. Contribui com isso o fato de todas as atuações serem péssimas.

Está dado o aviso, assista por sua própria conta e risco. O meu consolo for ter visto na tv a cabo, pois se eu tivesse gastado algum dinheiro a mais com esse filme, teria ficado muito puto!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Lutador (Nota 8)

Eu não consegui deixar de emocionar ao ver Randy "The Ram" Robinson subir na última corda do ringue e saltar para desferir seu golpe registrado no seu oponente, o Ayatolá. Pode parecer coisa de quem só gosta de ver pancadaria na tela, mas é realmente emocionante acompanhar a vida do "The Ram" este ótimo filme dirigido pelo maluco Darren Aronofsky (diretor de Requiem para um Sonho, Pi e Fonte da Vida).

O Lutador é um filme muito honesto. Acompanhamos a vida de um lutador de luta livre no melhor estilho "tiozão decadente bombado" que teve seu auge em 1985, mas ainda participa de lutas e desfruta da antiga fama. Porém quando sai dos ringes, a dura vida de pai fracassado, a falta de dinheiro e o emprego medíocre são só um passatempo até a próxima entrada nos ringues, onde está sua verdadeira paixão, e onde ele é reconhecido e reverenciado por muitos. A paixão de "The Ram" pela luta livre não tem limites, e ele faz de tudo, até mesmo se dilacerar com arame farpado, para entreter seu fiel público.

A interpretação de Mickey Rourke é espetacular, ele É "The Ram" e nos faz acreditar nisso desde o início do filme. A câmera na mão que segue incansavelmente o lutador entrando no ringue ou entrando no balcão de frios do mercado local é interessantíssima, nos aproximando ainda mais desse ótimo personagem, criando muita empatia por ele.

Não é um filme simplesmente sobre superação, da forma que é Rocky Balboa (Rocky 6), mas é sim um filme sobre não negar suas verdadeiras paixões, e não importam as consequências.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A vida é bela (nota 9)

Esse filme é realmente lindo! Acho que só tinha visto uma vez há uns 10 anos - realmente não é um filme que se veja sempre, porque o que ele tem de bom, ele tem de triste... Filmes que mostram o ponto de vista das vítimas do Holocausto, assim como "O Pianista", mexem muito conosco, pois percebemos como tudo aquilo foi uma coisa ignorante, absurda e sem sentido.

Quanto ao filme, os brasileiros podem até ter pego uma certa birra, já que foi o filme que ganhou o Oscar de Central do Brasil - quem pode esquecer Sophia Loren gritando "Robeeeeeerto!!!!!!!!"? - mas a verdade é que é um filme muito bom, que consegue mostrar aquela situação tão cruel com uma humanidade incrível. É imperdível!

Todo mundo em pânico 3 (nota 7)

Esse é com certeza o melhor dos "Todo Mundo em Pânico". O 1 e o 2 são dos irmão Wayns e tem sacadas legais, mas acabam indo muito para uma coisa mais escatológica. O 3 e o 4 ficaram nas mãos dos Zucker, responsáveis pelos sensacionais e inesquecíveis Top Gang, Apertem os cintos que o piloto sumiu e Corra que a Polícia vem aí... Mais credenciado que isso, impossível!

O filme é de passar mal de rir! Além da sem noção Cindy, neste filme temos o Charlie Sheen, lembrando seus dias de Top Gang e Leslie Nielsen como sempre dando show. O"3" zoa principalmente com "o chamado" e "sinais", mas também sobra para Matrix. É um filme que tem que ver....

domingo, 17 de maio de 2009

A Outra (nota 9)

ADORO filmes que contam as histórias verdadeiras de momentos que foram cruciais para o desenrolar da história da humanidade. Esse filme traz a história da nobreza inglesa na geração que antecede o reinado da rainha Elizabeth. Quem assistiu o filme Elizabeth e conhece um pouco de história inglesa, sabe que a tomada de poder por ela foi problemática, em função de divergencias políticas e religiosas da sua criação e especialmente em função de sua mãe, Ana Bolena, que ficou conhecida na história como amante/prostituta do rei Henrique V.

A Outra conta a história da Ana Bolena e como ela e sua família acabaram tendo um papel crucial na história da Inglaterra. É muito interessante entender a origem do reinado de Elizabeth como consequencia de um cenário conturbado provocado pela sua mãe. Para quem gosta de história, é um prato cheio.

Outras observações sobre o filme:

- Achei interessante que colocaram a Natalie Portman no papel da mulher fatal e a Scarlet Johanson como a santinha. Se fossem escolher pela fama das duas, talvez os papeis fossem inversos. Creio que a escolha foi acertada e baseada no talento, já que o personagem de Natalie é mais complexo e precisa de um ator mais habilidoso.

- Embora não seja um um personagem grande, Jim Sturgess dá um show como o irmão Bolena. Considero ele um ator excepcional e uma promessa.

- Só soube do que se tratava a história assistindo ao filme. Antes, achava que era uma história de época genérica sobre duas irmãs, enfim, algo bem menos interessante... Acabei descobrindo que em ingles o filme se chama a "A outra garota Bolena" e não apenas a "Outra". Se o título fosse traduzido como deveria, o filme certamente teria mais destaque.

Recomendo muito!