segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Lutador (Nota 8)

Eu não consegui deixar de emocionar ao ver Randy "The Ram" Robinson subir na última corda do ringue e saltar para desferir seu golpe registrado no seu oponente, o Ayatolá. Pode parecer coisa de quem só gosta de ver pancadaria na tela, mas é realmente emocionante acompanhar a vida do "The Ram" este ótimo filme dirigido pelo maluco Darren Aronofsky (diretor de Requiem para um Sonho, Pi e Fonte da Vida).

O Lutador é um filme muito honesto. Acompanhamos a vida de um lutador de luta livre no melhor estilho "tiozão decadente bombado" que teve seu auge em 1985, mas ainda participa de lutas e desfruta da antiga fama. Porém quando sai dos ringes, a dura vida de pai fracassado, a falta de dinheiro e o emprego medíocre são só um passatempo até a próxima entrada nos ringues, onde está sua verdadeira paixão, e onde ele é reconhecido e reverenciado por muitos. A paixão de "The Ram" pela luta livre não tem limites, e ele faz de tudo, até mesmo se dilacerar com arame farpado, para entreter seu fiel público.

A interpretação de Mickey Rourke é espetacular, ele É "The Ram" e nos faz acreditar nisso desde o início do filme. A câmera na mão que segue incansavelmente o lutador entrando no ringue ou entrando no balcão de frios do mercado local é interessantíssima, nos aproximando ainda mais desse ótimo personagem, criando muita empatia por ele.

Não é um filme simplesmente sobre superação, da forma que é Rocky Balboa (Rocky 6), mas é sim um filme sobre não negar suas verdadeiras paixões, e não importam as consequências.

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