terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Exterminador do Futuro: A Salvação (nota 6)

Este filme foi uma das minhas apostas para uma das prováveis decepções do ano. Não foi TÃO ruim assim, mas também não dá pra justificar a razão da existência desse filme.

Convenhamos, o T3 já foi uma porcaria, uma forçada de barra do caramba, que praticamente destruiu o quase tudo que foi construído nos dois primeiros excelentes longas criados por James Cameron, e ainda criaram uma série de tv pra bagunças ainda mais a cronologia da série. Ou seja, deviam ter parado no segundo filme, mas o dinheiro fala mais alto.

Este longa, dirigido por McG (sim, o mesmo de As Panteras!!) demonstra a habilidade do diretor em filmar ótimas cenas de ação, mas sua inabilidade de dirigir atores e desenvolver personagens. Christian Bale que fez um excelente Batman, não convence em momento nenhum com John Connor. Os melhores personagens são os secundários, Kyle Reese e Marcus, interpretados respectivamente por Anton Yelchin e Sam Worthington, que são os objetos principais da trama.

E o enredo é bastante desnecessário também, não acrescenta nada ao universo estabelecido nos dois primeiros longas. Além disso o roteiro recicla várias cenas do T2, desde o "Eu voltarei" até a música do Guns, para tentar agradar aos fãs.

Pelo menos as cenas de ação são muito boas, os efeitos visuais estão bem caprichados, e as brigas com os exterminadores continuam nervosas e claustrofóbicas. Vale pela curiosidade, e seria um bom filme de ficção científica genérico sobre o apocalipse, mas se perde dentro do que já foi uma ótima franquia.

Bastardos Inglórios (nota 8)

Aí vai uma crítica levemente atrasada, pois nós vimos este filme no dia de estreia no cinema, porém não escrevemos nada devido a forças maiores já citadas no post do Avatar. O Tarantino é um cara muito estranho, pois ele consegue fazer um filme de II Guerra Mundial que parece um Western, que tem mais falatório do que tiroteio, mas mesmo assim o filme é legal pra caramba.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado numa primeira impressão, pois pelo conteúdo dos trailers achei que seria um trabalho mais parecido com Kill Bill, com várias cenas de ação, mas acabou ficando mais parecido com Cães de Aluguél. E é claro que isso não é desmerecer o filme, muito pelo contrário. A cena inicial do longo diálogo entre o coronel Hans Lada e o fazendeiro é brilhante.

Falando neste personagem, a atuação de Christoph Waltz é sensacional!!! Ele rouba TODAS as cenas em que aparece, ofuscando o resto. Brad Pitt está muito bem no papel do Tenente Aldo Raine, mas está bem caricato. Todo o restante do elenco está muito bem, demonstrando novamente a incrível capacidade de dirigir atores de Tarantino.

Filmão!!!

domingo, 27 de dezembro de 2009

AVATAR (nota 9)

Aê, finalmente voltamos a ativa!!! Depois de uma longa pausa devido a turbulências pré-férias e ás próprias férias, voltamos com uma crítica em grande estilo, nada menos que o aguardadíssimo AVATAR de James Cameron. E vou começar já dizendo que mesmo 10 anos depois de Titanic, seu último longa lançado nos cinemas, Cameron continua sabendo fazer cinema da melhor qualidade. Esse é um dos melhores do ano, uma baita ficção cientifica e uma "revolução" no cinema.

Pra quem não sabe, o diretor passou os últimos 10 anos desenvolvendo as tecnologias de filmagem digital e captura de atuação que utilizou nesse filme, e o resultado é muito impressionante. Tecnicamente, vusialmente e sonoramente o filme é impecável. A quantidade de informações visuais que tem o tempo todo na tela é pra deixar qualquer um de queixo caído.

Pra ajudar um pouco, fomos ver esse filme no IMAX, então o 3D ajudou muito. A ação, a velocidade, a sensação de vertigem e altitude te levam para dentro do filme e você realmente se sente la dentro.
Pra quem não conhece o enredo, humanos estão invadindo o "selvagem e hostil" planeta Pandora, lar dos Na'vi, uns Smurfões/Índios que habitam a floresta, em busca de um valioso minério. Como os humanos não podem sobreviver na atmosfera, foram criados corpos baseados na genética Na'vi e Humana, onde humanos podem projetar sua consciência e assim controlar estes corpos para se infiltrar no povo Na'Vi.

Quando Jake, um fuzileiro naval paraplégico consegue se infiltrar com o seu avatar e conhece Neytiri, aí começa o problema. O enredo principal é bem manjado, não tem nada de revolucionario aí. Lí uma crítica que falava que é a história da Pocahontas, e no fundo é bem verdade. Mas a forma como essa história é contada de forma muito competente e te leva para dentro do mundo de forma que o expectador se emociona e se importa com cada criatura atingida pelo conflito final. Além disso, o enredo também aproveita para falar da preservação do nosso planeta, o assunto da moda.

James Cameron conseguiu criar um mundo incrível. O planeta Pandora é rico em detalhes, e a sensação que fica ao terminar o filme é uma vontade de voltar para aquele mundo fantástico.
Agora, qual é o lance de chamar o filme de REVOLUÇÃO no cinema? O visual criado por computação é incrível, mas o que realmente impressiona é a captura de movimento e feições dos atores, o que o diretor chama de captura de atuação. Além disso, a revolução fica mais por conta de como o o longa foi filmado, técnica que a partir de agora será empregada em muitos outros longas com certeza.

Está aí um belo blockbuster de final de anos. E espero que o próximo longa de Cameron não leve mais 10 anos pra sair.