domingo, 27 de junho de 2010

TOY STORY 3 (nota 10)

Nossa, que novidade, mais um filme da PIXAR que recebe nota 10 aqui no blog... Mas falando sério, a Pixar está de brincadeira, eles simplesmente NÃO SABEM FAZER FILME RUIM. Até no caso do filme Carros, que na minha opinião é o mais fraco produzido pelo estúdio, ainda fica anos luz a frente de tranqueiras cultuadas como Shrek. E honestamente falando, Toy Story 3 deverá ser lembrando pra sempre como uma das maiores obras de animação do cinema. O filme é expetacular!!!

Não vou perder tempo explicando os personagens, pois Woody, Buzz e companhia já estão mais do que estabelecidos na cultura pop geral. Então, o que impressiona tanto nesta terceira continuação? Simples, um enredo incrivelmente bem escrito, divertido, engraçado e assustadoramente comovente e emocionante.

Como já estava engatilhado desde Toy Story 2, o menino Andy, agora com 17 anos, já não brinca mais com seus adorados brinquedos e está para sair de casa rumo a faculdade. Depois de alguma confusão, seus brinquedos acabam sendo doados para uma creche. E a grande temática do filme parte do principio que Woody não se convence que o fim chegou e ainda acredita que deve ficar junto de Andy.

Muitas vezes disse que estas animações da Pixar já deixaram de ser coisa de criança (vejam o caso do espetacular Wall-E, por exemplo), mas esse filme me impressionou muito com cenas corajosas e assustadoras, pois criança alguma deve conseguir entender a profundidade emocional do que está sendo exibida. Em determinado momento, no clímax dramático do filme, me deu um aperto no coração ao perceber a serenidade com que os personagens estavam encarando e aceitando a inevitabilidade da morte. É uma cena muito forte e que mais uma vez prova a capacidade dos criadores.

Mas calma lá, nem tudo é dramalhão. O filme tem muitas cenas hilárias, de gargalhar alto e sem vergonha. O visual está mas espetacular do que nunca, e pra melhorar tudo, o 3D está na medida certa e é usado como recurso pra contar uma história, e não só pra ficar arremessando coisas na cara do espectador (ví o filme no IMAX 3D, e foi incrível). E é lógico que o final do filme é muito emocionante. Considerem ver ao filme em cinemas 3D, pois os óculos ajudam a esconder as lágrimas, hehehe.

Resumindo, Toy Story 3 vai muito além do entretenimento fácil pra criançada. É cinema de primeira qualidade, feito por mentes criativas que não tem medo de arriscar, e conseguem atingir a todas as idades. Não percam.

PS- O curta animado que costumeiramente antecede o filme é o mais incrível e inovador que eu já ví. É de uma criatividade sem igual, e se for visto num cinema 3D (o curta mistura animação tradicional e em computação) toma uma dimensão ainda mais incrível.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Amor Sem Escalas (nota 10)

Amor Sem Escalas era um dos favoritos ao Oscar de 2010, mas não levou. Mesmo assim, é um puta filme legal que merece ser visto por todos. E não se engane, já aviso que o título brasileiro pode levar a crer erroneamente que se trata de uma comédia romântica, mas não é nada disso. Muito pelo contrário, este ótimo drama nos leva para uma viagem de emoções e sentimento diversos, daqueles que vai te deixar um bom tempo depois ainda pensando no que aconteceu e de onde veio o tapa que levou na cara!!

Ryan Bingham, uma das melhores (se não a melhor) interpretações de George Clooney trabalha para uma empresa que demite os funcionários de outras empresas e ajudam nessa transição para o desemprego. Como o filme se passa em meio a crise financeira, então os negócios vão bem para Ryan, que também faz palestras motivacionais a respeito do que ele mais acredita e como leva sua vida: solidão e desprendimento.
Ryan adora sua vida, que passa a maior parte nos aeroportos e em vôos domésticos, quando numa destas viagens encontra com Alex Goran (Vera Farmiga, interpretação inspiradíssima) que é uma versão feminina do próprio Ryan, e os dois começam a se ver sempre que os compromissos permitem. Tudo ia bem até que a jovem Natalie Keener (Anna Kendrick, outra excelente interpretação) implementa um novo sistema de demissão por videoconferência, acabando com as viagens e o modo de vida de Ryan.

Até este momento o filme tem um tom mais ameno e bem humorado, porem deste ponto em diante somos expostos a diversos tipos de emoções conflitantes, seja ao ver alguém sofrendo por perder o emprego, ou por ver a primeira demissão da novata.
O trio principal de atores está incrivelmente bem e entrosado. Clooney em especial consegue passar uma imagem de homem decidido mas que fica fragilizado com novos acontecimentos de forma impressionante. O roteiro do filme é muito bom e muito original, e proporciona tudo na medida certa, humor, romance, drama e por aí vai. Um filme obrigatório.

Encontro de Casais (nota 5)

Num primeiro momento eu até tinha gostado desta comédia, mas pensando melhor, ela é bem sem graça. As piadas se concentram em momentos de embaraço e situações sexuais. Os personagens são caricatos e o desenrolar do enredo é bem vergonhoso.

Neste longa acompanhamos 4 casais de amigos que vão a um retiro para reconciliação pois um dos casais está a beira da separação, mas o pacote para 8 pessoas é mais barato. Então os outros 3 casais que acreditam estar indo somente para férias são obrigados a participar das atividades, o que aflorar muitos problemas que não julgavam ter.

Então é bem previsível que teremos os 3 estágios típicos desse tipo de filme: negação, separação e reconciliação, tudo muito rápido e meio sem explicação.

Existem alguns momentos bons no filme, mas nada que falha a pena se deslocar até a locadora. Um ponto positivo é a localização paradisíaca!

Código de Conduta (nota 6)

Esse filme não é tão ruim quando a nota, mas não conseguiu me convencer. Me pareceu uma tentativa de fazer um "Jogos Mortais Cover Light". Mas ele até se desenrola bem até quase o final.

Quando conhecemos Clyde Shelton (Gerard Butler, interpretação padrão), sua casa já está sendo invadida por dois ladrões que matam sua mulher e filha, e ele sobrevive somente para ver o assassino de sua família pegar uma pena leve graças a um acordo do seu advogado Nick Rice (Jamie Foxx, bem sem graça). Após 10 anos, Clyde, que aparentemente é um gênio, inicia sua vingança não somente contra o assassino de sua família mas também contra todo o sistema de justiça.

***************Spolier Alert********************
Eu até entendo os motivos originais da vingança, mas quando ele começa a matar muitas pessoas a volta de seu principal alvo, o advogado Nick, o filme se perde e vira um Jogos Mortais com muita gente morrendo de graça nas armadilhas de Clyde. Isso me incomodou bastante.
***************Fim do Spoiler******************

Pra quem gosta de tramoias impossíveis, muitas explosões e mortes gratuitas, mas sem o lado explícito do Jogos Mortais, até vai gostar desse filme.