sexta-feira, 14 de outubro de 2011

The Warriors (nota 7)

Já tinha ouvido falar muito no cultuado The Warriors (Selvagens da Noite, no título nacional), mas não fazia a menor idéia do que tratava o filme de 1979, mas já pela data fiquei meio apreensivo de ser um daqueles filmes que não envelheceram bem, como Duna por exemplo. Tirando o visual e a música muito datados, fiquei muito satisfeito com o filme, e acabei gostando muito. Ainda não sei direito se o visual caricato e exagerado das gangues tem alguma veracidade para a época, mas tudo funciona muito bem no filme, que diverte muito ainda hoje.
Pra quem não conhece, um breve resumo do enredo: numa Nova York tomada por gangues, cada uma com seu território, um membro da gangue Riffs chamado Cyrus resolve tentar unir todas as gangues para que parem de brigar entre si, desta forma tomando conta de toda a cidade. Mas no meio de seu discurso (CAN YOU DIG IT??) ele é assassinado, e os membros da gangue Warriors, de Cone Island são injustamente acusados, sendo então perseguidos por todos, incluindo a polícia. Então acompanhamos o longo trajeto dos Warriors por Nova York, tendo que atravessar muitos territórios de gangues inimigas para chegar em casa, e eles estão muito longe de Cone Island.
O que me surpreendeu no filme foi a narrativa. A história é contada de forma redondinha, sem excesso de explicações e sem falhas na continuidade. E conforme os Warriors vão ganhando terreno, a informação sobre sua caçada vai sendo contada numa rádio para que todas as gangues saibam onde eles estão. E mesmo sem nenhuma coreografia avançada de combate como temos hoje, as lutas são cruas e bastante realistas, onde os Warriors, estando em menor número, sabem sempre lutar com estratégia. E até mesmo algumas câmeras lentas são empregadas nos momentos certos, recurso hoje em dia utilizado à exaustão em filmes de ação.
Um estaque especial tem que ser dado para os nomes e as roupas de cada gangue. Ainda não consegui concluir se é ridículo, ou exageradamente genial, mas ver vários membros das mesmas gangues usando roupões, coletes de couro, jardineiras, roupas de basebol e caras pintadas (Os Basebal Furies são os mais ridículos), boinas de couro, entre outras coisas bizarras, é ao mesmo tempo curioso e engraçado. Os diálogos são recheados de gírias da época, mas são interessantes, não chegam a incomodar. O status cult que o filme recebe é merecido, pois conseguiu me divertir muito, sem que eu notasse a idade do filme.

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