Aproveitando que o Telecine me deu uma ótima desculpa ao exibir neste domingo chuvoso e friorento todos os quatro filmes, resolvi escrever um pouco sobre uma das séries de aventura favoritas de muitas pessoas, e com certeza uma das minhas também.
Não preciso ficar explicando quem é Indiana Jones, certo? Um dos mais cultuados personagens que já faz parte do consciente coletivo da cultura pop, o cinema de aventura não existe sem o Dr. Jones e compania. Muitas vezes imitadas, as aventuras de Indy são um dos maiores modelos de filmão pipoca e diversão garantida. Idealizado por mentes como as de George Lucas e Steven Spilberg (este último que também dirigiu todos os filmes) e protagonizado pelo ótimo Han Solo... errr... quer dizer, Harrison Ford em sua melhor época, trilha sonora incrivelmente marcante pelo John Williams, não tinha como dar errado. É só pegar o balde de pipoca e aproveitar.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (nota 10)
Na aventura original de Indy, logo em seus primeiros minutos temos algumas das cenas mais lembradas do cinema, como a fuga da enorme pedra rolante após pegar o ídolo dourado de seu altar. Neste filme Jones crusa com diversos personagens muito interessantes, como o seu interesse romântico Marion Jones, seu amigo Sallah (que retornariam ambos futuramente a série) e os sempre presentes nazistas, na sua busca pela Arca da Aliança, onde estão as tábuas dos 10 mandamentos. O objeto de desejo deste filme será lembrado por quase todos os outros, e durante este longa a arca é cercada de mistério e misticismo até o final da exibição, nos prendendo a atenção sempre e torcendo pelo herói.
Indiana Jones e o Templo da Perdição (nota 9)
Uma curiosidade sobre este filme é que na cronologia do personagem, ele se passa antes do Caçadores da Arca Perdida. Basta prestar atenção no início dos filmes que aparece a data dos acontecimentos, enquanto o "Arca" se passa em 1936, o Templo da Perdição se passa em 1935. Neste filme encontramos Indy se enfiando em uns problemas na Índia, onde ele ajuda uma aldeia a recuperar um artefato religioso de um monarca maligno. Vou explicar melhor a razão da nota mais baixa. Apesar de o ajudante de Indy neste filme ser divertido e não chato, o divertido Short Round, o interesse romântico é mais chatinho, a personagem Willie Scott, e o objeto de desejo não é lembrado por boa parte do filme. Enquanto no primeiro longa todos estão intensamente procurando pela Arca da Aliança, neste filme quase que esquecemos das pedras Sankara. Mas de longe isso torna o filme pior, ainda temos uma aventura extremamente divertida, mas sem o mesmo engajamento do primeiro. E a perseguição de carrinhos na mina no final do filme, junto com a cena na ponte de cordas é de tirar o fôlego. Outra cena memorável que mostra como filmes eram feitos "na raça", é o momento quando Willie é coberta com cerca de 2000 insetos reais. Eeeeca!!!!
Indiana Jones e a Última Cruzada (Nota 11)
Neste longa Indy volta a procurar por um objeto religioso cristão, que é o Cálice Sagrado que foi utilizado por Cristo na última ceia, e novamente se depara com os insistentes nazistas em seu caminho. A nota deste filme é maior por um único motivo, todas as qualidades da "Arca" somando a presença de Sean Connery vivendo o pai de Indy em um papel memorável. A interação entre ambos é impagável, gerando momentos divertidíssimos. Temos também a volta de outros personagens, como Sallah e Marcus Brody. Este filme parece ser maior do que os anteriores, lutas em grande escala, templos enormes no deserto e nas catacumbas de Veneza, e por aí vai. Certamente a melhor aventura de Indy e garantia de diversão.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Nota 7)
Após longos 19 anos sem um novo Indy nos cinemas, George Lucas, Steven Spielberg e Harrison Ford finalmente lançam nos cinemas o aguardadíssimo Reino da Caveira de Cristal, onde nosso herói luta contra os Russos para recuperar um objeto estranho de origem desconhecida. Infelizmente não foi tão maravilhoso como se esperava, existem vários problemas que atrapalham o filme, com o excesso de efeitos digitais, a idade avançada do ator principal obrigando a todas as cenas de ação serem filmadas de longe pra não vermos o duble, um roteiro que não convence muito com soluções muito rápidas e fáceis para os enigmas que aparecem, personagens secundários que não são tão carismáticos como os de costume, e um objeto de desejo sem graça e que parece um brinde do McLanche Feliz. Me desculpem, mas aquele papel celofane amassado dentro da caveira de plástico me incomodou muito. Então por que o filme não recebeu uma nota MUITO mais baixa?? Simples, por que apesar de tudo, ainda é Indiana Jones. Não tem como assistir no cinema e não se emocionar com o mesmo tipo de aventura frenética, cenas absurdas, os mesmos efeitos sonoros, as mesmas piadas de efeito, e por aí vai. Mas pra nós brasileiros o filme comete um erro geográfico que irrita muito (o mesmo já cometido por James Bond na época de Roger Moore) quando um barco viajando nas águas do rio Amazonas cai nas Catarátas de Foz do Iguaçú. O filme vale muito pela nostalgia.
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