domingo, 5 de julho de 2009

O Incrível Hulk (nota 6)

Antes de tudo vamos deixar claro que estamos falando do filme de 2008, protagonizado pelo Edward Norton. Caso eu fosse escrever sobre o filme de 2003, que foi dirigido pelo Ang Lee, a nota provavelmente seria 8, mas vou explicar melhor

Eu como um bom nerd, estou adorando esta mania de transformar em filmes os quadrinhos que já me divertiram muito. O Hulk nunca foi um dos meus personagens favoritos, mas as vezes faziam algumas histórias muito boas com ele. Neste filme infelizmente não escolheram uma das mais interessantes como base para o enredo principal. Eu tenho a impressão que este filme se utilizou muito mais do seriado dos anos 70 do que nos quadrinhos, diferente do filme de 2003, onde foi escrita uma história de origem muito boa e original, com uma boa dose de psicologia e com muito estilo.

A direção do frances Louis Leterrier faz bem o que o filme promete, um grande blockbuster cheio de ação, muita pancadaria, explosões e efeitos especiais. Uma das reclamações gerais sobre o filme de 2003 era justamente a pouca quantidade de cenas de ação e o excesso de falação, então neste filme de 2008 fizeram justo o contrário, capricharam na quebradeira e deixaram a falação de qualidade de lado. No filme de 2003, a direção de Ang Lee faz a diferença, dando um visual realista, com personagens mais profundos.

Quanto aos atores principais, acho que Edward Norton fez um bom trabalho, sendo mais interessante pro papel do que Eric Bana, mas nenhum dos dois é totalmente memorável no papel. Agora, a Liv Tyler pode ser uma gracinha, mas ela leva um cacete da Jennifer Connoly. Outro personagem que era muito forte no filme de 2003 era o Gen. Ross interpretado por Sam Elliott, um adversário digno do Hulk, O Gen. Ross interpretado pelo William Hurt é apenas uma caricatura de um perseguidor descerebrado e raivoso estilo Cap. Ahab.

Mas vamos ao que interessa, o filme deveria ser um blockbuster de ação, correto? E felizmente ele faz isso muito bem, com efeitos visuais incríveismas um pouco exagerados eu diria. O visual do Hulk é bem poluído, e as tomadas da ação as vezes é muito próxima.

Este filme tem um momento meio constrangedor para nós brasileiros. A primeira parte do file se passa no Brasil, mais precisamente, nas favelas do Rio de Janeiro. Tem um momento que Bruce Banner arranja uma confusão com uns residentes locais, e a produção do filme não teve nem a decência de contratar atores brasileiros. Quando o filme foi exibido nos cinemas daqui, foram obrigados a dublar em português, de tão ridículo que ficou, pois nem dá pra entender que diabos de língua é falada.

É isso aí, eu sou fã do filme de 2003, e acho que esse de 2008 serve como um passatempo, mas vale a tentativa da Marvel em expandir seu universo nas telas.

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