quinta-feira, 25 de agosto de 2011

*TOP5! Melhores Vilões do Cinema

Já fazia algum tempo que não escrevíamos uma listinha aqui no blog, e esse tema eu já tinha em mente e estava melhorando a lista, o que não foi fácil. Afinal muitas vezes os vilões dos filmes são mais memoráveis que os heróis. E todo bom filme tem que ter um bom vilão, é ele que engrandece as ações dos heróis. Então seguem os cinco melhores, seguidos da lista de menções honrosas.

5º Lugar: BIFF TANNEN (trilogia De Volta Para o Futuro)
 - Ele conseguiu aporrinhar a vida da família McFly por anos, gerações, mas sempre teve um encontro marcado com uma pilha de esterco.

4º Lugar: O CORINGA (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Heath Ledger entregou o Coringa definitivo em Cavaleiro das Trevas. Um vilão cruel e sádico, cujo único objetivo é ver o mundo pegar fogo.

3º Lugar: LORD VOLDEMORT (série Harry Potter)
- Um vilão tão temido que seu nome não pode nem ser pronunciado. Apenas a possibilidade de seu retorno causou terror nos bruxos por três filmes, quando finalmente se revelou no quarto, para então começar uma guerra.

2º Lugar: Dr. Evil (série Austin Powers)
- Quem não reconhece a referência de uma risada malvada com o dedinho na boca? Ou cantou a versão enrolada de What If God Was One Of Us? Ou pediu por um porrilhão de dólares de resgate? Ou ficou emputecido por não ter seus tubarões com laser na cabeça? Esse é o espetacular Dr. Evil, vilão criado por Mike Myers que é infinitamente mais memorável que o seu antagonista Austin Powers.

1º Lugar: DARTH VADER (Star Wars)
- Ele é o ultimate bad ass do universo. Aquele que nos ensinou que não se deve brincar com um Lord Sith. Ele tentou e conseguiu matar seu mestre, tentou corromper seu próprio filho, e como chefe é mais assustador ainda pois qualquer erro ele te mata. The one, the only, Darth Vader. (por favor, estou falando do Vader da trilogia clássica, episódios 4, 5 e 6, não aquela porcaria dos episódios 1, 2 e 3).

Menções Honrosas
AGENTE SMITH (Trilogia Matrix): Se tem um vilão que te faz começar a correr imediatamente para o outro lado, é ele.

- SAURON (trilogia Senhor dos Anéis): Apenas sua presença é sentida, sem nunca ser personificado, e ainda assim muitas vidas foram perdidas para que não houvesse a possibilidade de sua volta.

- KHAN NOONIEN SINGH (Star Trek: A Ira de Khan): Vingança é sua motivação, e para se vingar do Cap. Kirk ele chega até a criar um planeta inteiro.

- ZÉ PEQUENO (Cidade de Deus): Dadinho o caralho meu nome é Zé Pequeno.

- T-1000 (Exterminador do Futuro 2): O que fazer quando nem balas param o vilão? O assustador monstro de metal líquido continua seguindo em frente com o único objetivo de matar seu alvo.

- JACK TORRANCE (O Iluminado): Quando a loucura é influenciada por fantasmas e faz com que você corra atrás da sua própria família com um machado, as coisas não vão bem.

- HANS GRUBER (Duro de Matar): Não basta o vilão querer roubar uma empresa internacional, ele também tem que fazer o FBI de trouxa.

- COL. HANS LANDA (Bastardos Inglorios): O que dizer de um nazista caçador de judeus que consegue ser ao mesmo tempo encantador, amigável e culto, mas logo em seguida enforca com as próprias mãos a sua vítima?

- MAJOR ROCHA (Tropa de Elite 2): Para ele te fazer sorrir, você precisa primeiro fazer ELE sorrir. Ele conhece os caminhos obscuros do sistema, e vai se aproveitar disso.

- DOLORES UMBRIDGE (Harry Potter): Voldemort pode ser o mais temível da série, mas ninguém é mais odiável, detestável e irritante que Umbridge.

- HAL 9000 (2001 Uma odisseia no espaço): Um computador que controla todos os sistemas de suporte de vida de uma nave que decide matar todos os humanos à bordo

- CAP. BARBOSA (Piratas do Caribe): Um capitão amaldiçoado que aceita negociar, mas que nunca deixa de ser um pirata sádico com senso de humor doentio, pesonagem quase tão bom quando Jack Sparrow.

- HANNIBAL (Silêncio dos Inocentes): Não tem nem o que falar do canibal preferido de todos, certo?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas (nota 6)

Jack Sparrow é um personagem incrível. Sua construção foi tão perfeita pelo sempre competente Johnny Depp que, após o término desastrado da primeira trilogia de filmes Piratas do Caribe no cinema, o único motivo para que uma nova série  de filmes fosse começada era Jack Sparrow. E após o desastre que foi o terceiro filme, foi bom voltar a ver uma aventura simples e divertida, apesar dos pequenos erros.
Em Navegando em Águas Misteriosas, logo de cara encontramos o pirata favorito de todos preso em Londres, e a cena de sua fuga nos lembra da genialidade que existe por trás daquela constante aparência bêbada. Ele então reencontra um antigo caso amoroso, Angelica Malon (ótima adição à série em interpretação de Penelope Cruz), e entra para a tripulação do temível Barba Negra (interpretado por Ian McShane, e não pelo Seu Madruga) na busca pela fonte da juventude. Além de Sparrow outros conhecidos dão as caras, como o Sr. Gibbs e o ótimo Capitão Barbosa (do sempre competente Geoffrey Rush).
Os produtores aprenderam com seus erros passados e produziram uma aventura simples, sem uma história desnecessariamente complicada, com começo, meio e fim, lembrando muito o primeiro filme. Obviamente que Sparrow tem o maior tempo de tela, e ele continua ótimo. Angélica, o interesse romântico de Sparrow, é quase a versão feminina de Sparrow, tendo acrescentado muito à trama. O humor continua no mesmo nível de antes, e as cenas de ação muito bem feitas.
O grande defeito do filme é o vilão Barba Negra. Depois da série ter apresentado vilões excelentes como o Capitão Barbosa e o tentaculoso Davy Jones, o Barba Negra simplesmente não inspira o terror que teoricamente deveria. Além disso existe toda uma trama paralela envolvendo o romance entre um religioso e uma sereia que toma muito tempo desnecessário do filme.

De um modo geral o filme agrada quase tanto quanto o primeiro, mas devido aos seus defeitos não consegue chegar no mesmo nível.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Ressaca (nota 4)

A sucesso da ótima comédia Se Beber Não Case acabou influenciando e ajudando outras "parecidas" a saírem do papel, o que é o caso neste A Ressaca (Hot Tub Time Machine, título original). Mas mesmo para fazer comédia na base da baixaria é necessario qualidade de roteiro, não basta jogar um monte de piadas sujas regadas a muito palavrão para  fazer rir. E risadas foi o que menos dei nesse filme, infelizmente.

O enredo é bobo, mais um daqueles filmes que os personagens voltam no passado com uma chance de refazer uma parte suas vidas, e aqui os quatro personagens principais voltam para o ano de 1986, então mais uma vez temos a exagerada década oitentista retratada em toda a sua breguice visual e musical. O enredo cai nos tradicionais defeitos e clichés de filmes com viagem no tempo, então nada de surpresas.
A única coisa legal do filme foi a homenagem prestada a alguns atores que ficaram esquecidos no cinema, mas que tiveram seus dias de glória nos anos 80. As mais óbvias são o comediante Chavy Chase e Crispin Glover, o George McFly de De Volta para o Futuro. O mais assustador foi reconhecer o ator William Zabka, cujo nome eu não conhecia até pesquisar para escrever esta resenha, que foi o Johnny Lawrence da Kobra Kai, que lutou a final do torneio de Karate Kid original contra Daniel-san!!!

Eu sempre digo que uma comédia que não fazer rir é uma péssima comédia, e esse é o caso de "A Ressaca".

domingo, 21 de agosto de 2011

Padre (nota 4)

Um filme de ação genérico com uma história que seria interessante demais se não tivesse sido contada às pressas. Infelizmente é assim memso que defino esse filme, que teria um ótimo potencial para ser uma ótima obra de ficção, mas que prefere valorizar cenas de ação carregadíssimas em efeitos digitais. O que salva é a ótima cosntrução de um mundo interessante, mas mal aproveitado no filme, que lembra muito o mundo de Juiz Dredd.
Neste universo, a humanidade sempre esteve em guerra com os vampiros, criaturas selvagens que lembram animais descerebrados, que não podem sair na luz do sol. Quando os humanos estavam quase perdendo a guerra, a Igreja criou a Ordem dos Padres, pessoas treinadas na arte do combate extremo contra os vampiros. Essa ordem de guerreiros (Jedis??) coseguem virar a guerra a favor dos humanos, mas acabam reduzindo o planeta a um grande deserto devastado, onde os humanos vivem em cidades muradas aos cuidados da Igreja. Mas a ameaça vampírica que se julgava extinta volta, e mesmo sem a aprovação da Igreja, o Padre vivido por Paul Bettany (canastríssimo) arrisca sua vida para salvar os humanos novamente.
Beleza, hora de começar a descer a lenha no filme. O enredo entrega praticamente na primeira cena a "grande surpresa" que será revelada no meio do filme. E de que adianta criar um universo interessantíssimo e cheio de possibilidades se o enredo passa correndo pelo que deveria ser o aprofundamento nesse universo somente para entregar cenas desconexas e descontínuas e com péssimos diálogos para privilegiar as cenas de ação? Tudo bem que essas cenas de ação ficaram bem interessantes, mas por que diabos a cada 5 falas os roteristas incluiram 4 frases de efeito bobas? Acho que não tenho mais idade para esses filmes, tenho certeza que a uns 15 anos atrás eu teria gostado muito, mas hoje não dá.

Sobrenatural (nota 6)

Uma boa pedida para quem gosta de um filme de terror razoavelmente decente, que tem algumas pequenas ideias originais que o afastam do lugar comum desse gênero desgastado de filmes com casas mal assombradas. Mas infelizmente o que é bem construído durante o filme é demolido com um final muito fraco e brega, diga-se de passagem. Idealizado, escrito e dirigido pela mesma dupla que começou bem a franquia de Jogos Mortais, e com o mesmo produtor de Atividade Paranormal, o filme faz algumas referências e homenagens a filmes de terror oitentistas trash, como Poltergiest por exemplo, mas erra feito ao jogar na cara do espectador uma conclusão óbvia e mal acabada.
A família Lambert acabou de se mudar para uma nova casa quando um estranho acidente deixa seu filho mais velho em um estranho coma que nenhum médico consegue explicar. Simultaneamente, estranhos acontecimentos na casa deixam os pais Josh e Renai Lambert assustados, que então decidem voltar para sua antiga casa, somente para descobrir que os sustos os acompanharam.

Muitas das cenas que mais assustam são as que apenas sugerem uma estranha presença sobrenatural, resultando em sustos fortes mesmo nos que estão acostumados com esse tipo de filme. A presença dos investigadores paranormais e da médium também acrescentam bastante a tensão filme. Até mesmo a explicação para os motivos das assombrações é bem pensada e até original, coisa que quando mal feita estraga o filme (como em Atividade Paranormal 2, por exemplo). Porém, essa tensão crescente e sugestão de presneças estranhas dão lugar a muitos fantasmas explícitos com maquiagens ruins e bregas, que estragaram bastante o filme pra mim.
Para aqueles que gostam de bons sustos e tensão na tela, o filme agrada bastante. Apesar do ator que faz o pai não convencer muito, o restante do elenco se entrega bem aos momentos mais fortes do filme, mas o final que lembra um "Trem Fantasma" de parque de diversões decadente pode tirar um pouco do brilho do filme.

Nota 1: Momento "Guilty Pleasure": A dupla de investigadores paranormais me lembrou muito o programa Ghost Hunters do SyFy, que mesmo sabendo que é tudo besteira, eu ainda me divirto muito assistindo.

Nota 2: Mais alguém aí achou o rosto do demônio de cara vermelha incrivelmente parecido com o Darth Maul?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Filhos da Esperança (nota 10)

Todos os apreciadores de ficção científica já se habituaram a diferentes visões de futuros sombrios para a humanidade. Mas em Filhos da Esperança (Children of Men, título original), esse futuro deprimente atinge novos patamares ainda mais assustadores, com um enredo incrível e original. E para ajudar ainda mais a experiência, o diretor mexicano Alfonso Cuarón escolheu contar essa história com incríveis e longos plano-sequência lindamente coreografados.
Num futuro próximo, 2027 para ser mais exato, a humanidade enfrenta uma crise sem precedentes. Todos os humanos na Terra se tornaram estéreis, e nenhuma criança nasceu nos últimos 18 anos. As nações estão em crise, fronteiras são fechadas para proibir migrações, guerras civis são constantemente travadas contra milícias revolucionárias, e no meio de todo esse cenário cinza empoeirado encontramos Theo Faron (Clive Owen), um burocrata divorciado que não tem mais nenhuma motivação para nada na vida. Mas tudo muda quando sua ex-esposa pede seu auxílio para transportar em segurança uma jovem negra que carrega um milagre, que pode salvar a humanidade.
O mais assustador desse filme é o fato dele retratar um futuro decadente para a humanidade que é muito possível e realista. Realmente impressiona! E os longos planos-sequência (longos takes sem nenhum corte), sendo o último próximo do final do longa de cair o queixo, nos colocam dentro da ação o tempo todo, deixando o espectador sem fôlego nas cenas mais tensas. Falando no final do filme, é realmente impressionante o trabalho de sincronia, cenários e improvisação que devem ter sido exigidos. Não me lembro de nenhuma cena sem corte algum tão longa e complexa quanto essa nos cinema.
O elenco é pequeno mas muito competente. Clive Owen está ótimo e seu figurino está bizaro, pois ele passa metade do filme de havaianas! Fazem companhia a ele Juliane Moore e Michael Caine. Um filme que mostra um futuro assustadoramente possível e deprimente, mas que conta uma ótima história original. Imperdível!

Inimigos Públicos (nota 9)

Filmes com bandidos charmosos e com princípios e códigos de honra que se passam numa época mais elegante sempre agradam. Ainda mais quando estamos falando de John Dillinger, um dos mais famosos assaltantes de bancos dos EUA nos anos 1930. E quando essa história é contada por um diretor incrivelmente competente como Michael Mann (o mesmo de O Informante, Miami Vice, Colateral, entre outros) que usa um estilo visual que transporta o espectador para dentro do filme, contando com um elenco em excelente forma, só pode resultar num ótimo filme.

 John Dillinger (Johnny Depp) foi um notório ladrão de bancos, mas ele não vivia no anonimato, mantinha-se sempre circulando pelos melhores restaurantes, desafiando a lei com muita coragem e audácia. Mas numa tentativa de melhorar a imagem do recém criado FBI, J. Edgar Hoover (Billy Crudup) coloca Melvin Purvis (Christian Bale), policial que acabara de deter outro bandido procurado e estava presente na mídia, para caçar Dillinger, o procurado nº 1 do FBI. Mesmo sendo caçado, Dillinger continua sua rotina de roubos a bancos e aparecimentos públicos, quando conhece Billie Frechette (Marion Cotillard), com quem passa a conviver. Quem conhece a história de John Dillinger, sabe como o filme acaba, então sem surpresas, mas a forma como ela é contada é que agrada muito.
Johnny Depp está ótimo como sempre, e entrega um bandido que é impossível não gostar. Outro que também entrega ótima atuação é Christian Bale, como o incansável e incorruptível policial. Mas mesmo existindo essa divisão de estarem dentro e fora da lei, é muito fácil criar empatia com todos os personagens, pois são muito bem construídos. O visual escolhido por Mann para filmar o longa também impressiona, pois considero bastante arriscado, podendo não agradar a princípio o público geral. A forma como filmou, com câmera na mão, torna toda a experiência muito real, e o granulado com cores mais pardas dão o clima de anos 30, mas mesmo assim mantendo uma linguagem cinematográfica muito moderna. Filme imperdível.

Contra o Tempo (nota 8)

Uma grata surpresa, apesar do nome pouco original (Source Code no original). Não conhecia praticamente nada sobre esse filme antes de começar a vê-lo, apenas que era o novo projeto do diretor Duncan Jones, o mesmo da ótima ficção científica Lunar. E assim como seu filme anterior, este usa de argumentos com forte tema científico. Mas os que torcem o nariz para comentários como esse podem ficar tranquilos, a "technobaboseira" não vai atrapalhar o bom entendimento do enredo, mas serve perfeitamente para estabelecer o mundo onde se passa o filme de forma crível.

Logo nos primeiros 10 minutos de filme o espectador já fica confuso, sem conseguir entender o que está acontecendo, e isso me agradou bastante! Gosto quando um bom enredo de filme me desafia. Mas logo tudo é explicado, dando espaço para curtir mais a história original e os bons personagens. Alguns podem não considerar este enredo tão original assim, pois o conceito de reviver o mesmo momento repetidas vezes já tinha sido explorado em outros filmes, em especial pelo já clássico e excelente Feitiço do Tempo com Bill Murray. Mas aqui o tom de suspense e investigação dão o tom, resultando em ótimas surpresas neste thriller.
Para quem é fã de filmes mais inteligentes, com uma inclinação para a ficção científica, mas que privilegia o suspense para contar uma boa e original história, é diversão certa.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Capitão América: O Primeiro Vingador (nota 8)

Mais uma adaptação de um herói dos quadrinhos da Marvel, a última história solo de um herói que fará parte da super-equipe Os Vingadores e também a mais complicada das adaptações. Isto por que um herói que usa um uniforme que é basicamente uma bandeira americana poderia encontrar muita resistência diante do sentimento anti-americano que existe no mundo, mas felizmente o filme soube trazer o personagem para a telona de forma a não deixar enjoados os mais chatos dos comunistas de plantão. Mas é claro que não dá pra fugir totalmente disso.
Pra quem não sabe, Steve Rogers, um cara fracote e pequeno sonha em lutar na segunda guerra em nome do seu país. Mas devido ao seu porte ridículo e condições de saúde precárias, sempre é rejeitado nos exames médicos do exército. Mas tudo muda quando um cientista enxerga grandes valores de carácter no magrelo Steve Rogers, e o seleciona para o programa do super soldado. Ao tomar o soro milagroso, o raquítico dá lugar ao grandalhão e bombado Capitão América, mas mantendo seus valores morais.
O filme acerta em vários pontos. A ambientação nos anos 1940 durante a II Guerra Mundial está ótima, seja nos figurinos, carros, música, etc. Isso dá um ar de aventura ao filme que já agrada de imediato. A escolha dos personagens foi ótima, Cris Evans está perfeito como Steve Roges / Capitão América, incorporando todas as características do herói. Tommy Lee Jones entrega um Coronel Philipsl com a habitual qualidade, servindo também como alívio cômico em poucos mas ótimos momentos. E o sempre talentoso Hugo Weaving entrega um caricato mas ótimo vilão Caveira Vermelha.

Além disso, o ritmo do filme é muito acertado, permitindo tempo para a construção dos personagens, fazendo com que o espectador se importe com eles, coisa que o filme do Thor não permitiu muito. O bom diretor Joe Johnston (o mesmo de filmes como O Lobisomem, Rocketeer e Jurassic Park 3) soube contar a origem do herói de forma convincente, permitindo que ele cresça dentro do seu papel na hora certa, sem correria ou situações forçadas para encaixar o enredo dentro do contexto d'Os Vingadores. As cenas de ação também foram bem montadas, sem abuso dos efeitos visuais por computação. Apesar de manter as cores do uniforme, conseguiram dar uma boa cara de roupa de guerra real, dentro dos limites dos quadrinhos, é claro.
Mas nem tudo é perfeito. O romance entre Roges e Peggy Carter tira um pouco do ritmo da cena final, e o grande clímax no embate final entre Rogers e o Caveira Vermelha acaba rápido e de forma estranha, meio broxante. Também não gostei muito do ator que viveu Howard Stark, o pai do Tony Stark o Homem de Ferro, mas também convenhamos que é muito difícil se comparar ao ótimo trabalho de Robert Downey Jr.

Em resumo, é um filme muito divertido que cumpre muito bem sua função, e que continua a expansão do universo Marvel nos cinemas com qualidade. É um filme mais acertado do que Thor e O Incrível Hulk, quase empatando com Homem de Ferro como uma das melhores aventuras solo de heróis da Marvel. E vale a mesma dica de sempre, não saia dos cinemas até o final dos créditos para a cena extra.