quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Lobisomem (nota 6)

Aluguei esse filme já com suspeita que seria meio chato, e infelizmente acertei em cheio. O retorno deste monstro clássico quase agrada, mas falha em alguns pontos.

Começando pelas coisas boas: a atmosfera com muita névoa e a fotografia sombria estão na medida exata e dão o tom do filme deste o início. Só o ambiente onde tudo se passa já é suficientemente assustador, deixando as aparições do monstro lupino mais aterrorizantes. A maquiagem de lobisomem, assim como os efeitos especiais da transformação estão muito caprichados. Só achei que os dentes inferiores do lobinho ficavam meio bambos de vez em quando. A carnificina causada pela criatura está bem sangrenta. Não pouparam os litros de sangue falso, vísceras e membros decepados espalhados pelo chão, transformando o filme num terror "gore".

Porém nem tudo é perfeito, e existem defeitos realmente incômodos: pra começar, o principal problema é o elenco. Eu nunca achei o Benicio Del Toro um bom ator, e achei ele péssimo nesse filme. Antony Hopkins está muito estranho. Parece atuando no piloto automático. Emily Blunt não atrapalha mas também não merece prêmio. A melhor atuação fica por conta de Hugo Weaving, que tem pouco tempo de tela. O personagem principal vivido por Del Toro é absolutamente sem graça. Não sei se a culpa é do roteiro ou do ator, mas em nenhum momento eu me importei com o personagem, torci por ele ou coisa parecida, só torcia para chegar logo a próxima transformação no monstrengo peludo.

Tem mais coisa pra contar, mas acabarei estragando o final. Em termos de monstros clássicos, ainda acho o Drácula (dirigido pelo Coppola em 1992) insuperável.

Nenhum comentário: