quinta-feira, 19 de maio de 2011

Caminho da Liberdade (nota 8)

O Caminho da Liberdade trata da emocionante história real de sobrevivência e vontade de viver de um grupo de prisioneiros políticos russos logo após a Segunda Guerra Mundial. Logo no início conhecemos Janusz, um polonês que é mandado para um Gulag, uma prisão russa no meio da gelada Sibéria. Lá, ele conhece outras pessoas, e juntos, planejam uma arriscada fuga. Porém, com o comunismo espalhado pela Ásia, seu caminho será longo e muito difícil.
Realmente é impressionante a distância e as dificuldades pelas quais devem ter passados estes fugitivos, e fica tudo muito mais incrível quando lembramos que o filme trata de uma história real. A longa jornada nos leva por paisagens tão estonteantes quanto mortais. O absurdamente longo caminho entre a Sibéria e a Índia percorrido totalmente a pé, contando somente com os recursos que encontram pelo caminho, passando por extremos como o frio siberiano e o calor árido do deserto de Gobi, até passar pelo Himalaia.
O filme foi muito bem dirigido por Peter Weir, o mesmo de O Show de Truman. Fazia muito tempo que Weir não produzia um filme, e é bom ver que ele não perdeu a mão. Os atores também estão muito bem, com destaque especial para Jim Sturgess e Ed Harris, que estão muito bem em seus respectivos papéis.
Uma incrível história de sobrevivência contada de através de um filme ótimo, com uma fotografia e cenários de tirar o fôlego. Filme imperdível.

Meu Malvado Favorito (nota 7) / Megamente (nota 7)

Duas animações muito parecidas mas igualmente interessantes. Tanto Meu Malvado Favorito quanto Megamente tem um enredo principal muito parecido, ambos tem como personagem principal um vilão, que obviamente com o desenrolar da trama acaba tendo seus planos e suas intenções modificadas.
É claro que esse tipo de história acaba sendo bem previsível, porém é interessante ver a primeira metade dos filmes onde os personagens principais agem como vilões clássicos, fazendo suas maldades durante o dia-a-dia, como se fosse um trabalho rotineiro de qualquer um. Nesse ponto, o vilão Megamente se sai melhor, pois ele realmente gosta de ser mau, e se prepara muito para cada uma das suas elaboradas lutas contra Metro Man, seu arqui-inimigo bonzinho, numa clara homenagem ao Super-Homen.
E como todo bom vilão clássico, sempre é necessário uma horda de ajudantes. Em Megamente, esse papel fica por conta do peixe num aquário, mas são os ajudantes amarelos de Gru, o vilão de Meu Malvado Favorito que se saem melhor, mesmo sem dizer sequer uma palavra compreensível, eles são carismáticos e responsáveis por boas piadas. Já Megamente não tem momentos lá muito engraçados, as melhores piadas sem da trilha sonora escolhida a dedo pelo vilão para suas entradas triunfais, composta por sons de AC/DC, Guns `n Roses e outros clássicos do rock.
De um, modo geral, Megamente consegue ser mais original e menos cliché na história de redenção do vilão convicto, mas Meu Malvado Favorito tem mais momentos de engraçados. Ambos tem ótimos trabalhos de interpretação de vozes. Em Meu Malvado Favorito, a voz principal fica por conta de Steve Carrel, e em Megamente por conta de Will Ferrel, ambos excelentes comediantes que sabem dar vida e personalidade aos personagens. Ambos não tem nenhum fator marcante que lembre as brilhantes producões da Pixar, mas ajudam a passar o tempo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Besouro Verde (nota 4)

Outra decepção causada por uma leve expectativa de bom filme. Calma, vou explicar! O motivo da minha vontade de conferir este filme se deve única e exclusivamente pela escolha do diretor Michel Gondry, responsável por duas pérolas de genialidade, criatividade e originalidade como Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembrança e Rebobine Por Favor. Mas, como um diretor sozinho não faz milagre, o filme nem parece que é dele, a não ser por algumas poucas cenas visualmente criativas e originais, mas com um roteiro meia boca, e um ator principal que deveria ser engraçado mas não consegue, temos em mãos um filme..... nhé!

A ação do filme é bem interessante e exagerada. Não acho isso ruim, até que diverte bastante de uma forma meio caricata e sem se levar muito a sério. O ator jay Chou que interpreta Kato, apesar de ter uma pronúncia horrível de inglês, manda muito bem em suas cenas de luta, no papel que foi um dia a estréia de ninguém menos que Bruce Lee nas telas. O problema é Seth Rogen. Ele está um desastre nesse filme. Não combina em nada com o personagem, ajudou o roteiro a ficar ruim, além de ter perdido o seu tempo de comédia, tornando suas cenas cômicas muito fracas e totalmente sem graça. A presença de Camerou Dias também não acrescentou nada ao filme.

Fica aí a dica pra um filme com cara de tarde de domingo chuvoso.

O Turista (nota 4)

Quando se pensa num filme que conta com Angelina Jolie e Johnny Depp como protagonistas, numa trama que envolve espionagem e troca de identidades na Europa, imediatamente se imagina que será um filme bom, ou no mínimo divertido, correto? Mas a verdade é que nos deparamos com uma tranqueira enorme, e tudo que resta é uma baita decepção. Mereceu com louvor a esculachada que levou do brilhante Rick Gervais no Globo de Ouro deste ano.

Quase tudo que podia dar errado nesse filme, deu! O roteiro é bem fraquinho, mas tenta ser inovador e inclui até uma surpresa no final que é bastante previsível. A química entre Jolie e Depp na tela é horrível! Parece que ambos estão ali obrigados, e não estão fazendo o mínimo esforço pra não demonstrar seu descontentamento. Até mesmo a atuação de Depp que geralmente é o ponto alto de filmes que seriam chatos sem sua presença (Alice no País das Maravilhas é um bom exemplo disso) está muito fraca.

A única coisa que se salva no filme é a belíssima paisagem Européia, principalmente Veneza, que é um personagem a parte no filme. Tirando isso, nada se salva. E sinceramente acho que é tudo culpa da Jolie. Faz tempo que ela não entrega uma interpretação digna de elogios, e a impressão que tenho é que ela está cada vez mais convencida de que a simples aparição dela é suficiente, fazendo deste só mais um filme para ela se exibir. E vamos deixar uma coisa clara, apesar do bocão sexy, a magrelice exagerada dela tirou boa parte do sex appeal que já fizeram dela um símbolo sexual inquestionável de hollywood.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Comer, Rezar, Amar (nota 8)

Atendendo a milhares de pedidos de uma pessoa (hehe), volto ao Blog para escrever sobre esse filme... É um filme muito bom e garante duas horas de um bom cinemão pipoca, bem "Julia Roberts".... Mas esse filme tem um significado diferente para quem eventualmente está mais perdida que cachorro em caminhão de mudança nessa vida. (qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidencia...). No filme, a personagem parte numa jornada para "se encontrar".... Acho que todo mundo que passa por momentos de grandes dilemas existenciais deveria poder partir numa jornada para se encontrar..... A torcida é para que, assim como no filme, as respostas surjam e permitam que a vida siga adiante.... eu ainda estou esperando....  

terça-feira, 10 de maio de 2011

Enrolados (nota 9)

O que acontece se misturarmos um filme tradicional de princesas da Disney com a genialidade para se contar uma boa história da Pixar? Um baita filme divertido. Sério mesmo, eu o nerdão que adora filmes de ação, terror, explosões e zumbis me diverti como uma criança vendo esta animação que atualiza um pouco o conto da Rapunzel com suas longas cabeleiras loiras.

Pra quem não sabe, esta é a primeira animação da Disney após John Lasseter assumir o setor de animações da casa do Mickey, e logo de cara já é possível sentir a mão do fundador da Pixar. O desenvolvimento dos personagens e a ótima narrativa para se contar uma boa história estão lá. As heranças da Disney obviamente estão no conto escolhido com direito a princesa de rosa e tudo mais, e na sempre presente cantoria. Felizmente as músicas não chegam a atrapalhar, mas como a Pixar já cansou de nos provar, são totalmente dispensáveis.
Mas desta vez, tentando capturar a audiência também dos meninos, temos um personagem masculino muito interessante, o ladrão Flynn Rider, que obviamente será o interesse romântico de Rapunzel. 
Esta animação consegue muito bem misturar um humor de gargalhar (as melhores piadas ficam por conta do hilário cavalo Max) com aquele charme e romance das clássicas animações Disney. Conseguiram de fato unir o que tem de melhor na Pixar com a Disney.

E que animação incrível! Tecnicamente falando, está entre as melhores, se não a melhor que já ví. A delicadeza das expressões faciais, o movimento do cabelo e das roupas, a postura e movimentação de todos os personagens está algo fora do comum. E ver tudo isso em HD é mais impressionante ainda.
Diversão para a família toda, uma obrigação para quem gosta de uma animação, e um excelente túnel do tempo para lembrar o que a Disney produzia de melhor, mas parecia ter esquecido.

Um Homem Misterioso (nota 6)

George Clooney é um ator muito bom. Ele consegue transmitir muitas emoções em uma suave expressão facial. Além disso ele tem muito prestígio no ramo do cinema, e isso permite que ele saia de vez em quando da linha principal de blockbusters hollywoodianos para fazer filmes mais "estranhos" e pessoais.

Em Um Homem Misterioso, Clooney vive Jack, um assassino de contrato na Europa que lá pelo meio do filme, acaba se apaixonando por uma italiana e decide se aposentar. Lendo assim parece um filme igual a tantos outros de assassinos de aluguel, mas este é bem diferente. Além dele se passar na Europa, o estilo é muito europeu, minimalista até. Após alguns problemas, Jack se esconde num vilarejo bem remoto na Itália e fica maior parte do tempo se afastando do povoado, e vemos esse isolamento e solidão crescendo a cada reação de Jack. Mas como já disse, tudo muda quando ele encontra o conforto nos braços (e pernas) de uma prostituta local.

Este filme é muito interessante, mas é bem paradão. Numa noite sonolenta é bem provável que se durma no meio. Exceto pelo final, quando a tensão começa a se elevar perto da conclusão, boa parte do filme se arrasta, e você sente cada minuto do filme, e quando isso acontece, não é muito bom.

Os Perdedores (nota 5)

O que dizer de um filme de ação que não consegue empolgar em momento algum? Ou como acreditar numa magrela com a Zoe Saldana dando um cacete numa luta corpo-a-corpo em um cara com o triplo do peso dela? Ou ainda ficar sem rir em nenhuma das piadas disparadas por Chris Evans (o futuro Capitão América)? Resumindo, Os Perdedores é um filme que até tenta ser divertido, mas falha em quase todos os aspectos de um filme de ação, se tornando um filme chato.

Algumas coisas se salvam, o enredo não é tão ruim assim, até que é bem passável pra um longa desse tipo, mas a surpresa final é tão cliché que até perde a graça. As poucas boas cenas de ação acabam muito rápido, e a impressão que dá é que os atores estão se divertindo tanto fazendo este filme que acabaram esquecendo de atuar. Não vale gastar na locação, espere passar na tv para ver num domingo chuvoso em casa que está de bom tamanho. Se der pra escolher, prefiram Esquadrão Classe A, um filme com o mesmo tipo de enredo de vingança mas que diverte de verdade.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Incontrolável (nota 8)

Mais uma ótima parceria entre o sempre inspirado Denzel Washington e o diretor Tony Scott, como já havia acontecido no bom O Sequestro do Metrô 123, coincidentemente, outro filme que se passa sobre trilhos. Mas aqui não há assalto ou nada parecido, um simples erro humano besta faz com que um trem carregado com cargas perigosas e altamente explosivas se coloque em movimento sozinho, sem um maquinista, colocando em perigo todas as cidades por onde ele irá cruzar.
Frank e Will (Denzel e Chris Pine, o Kirk de Star Trek), estão operando outro  trem que quase é atingido pelo trem desgovernado. Após várias tentativas das autoridades de pará-lo, Frank e Will vêem uma chance de poder ajudar. A minha primeira impressão foi: "Poxa, um filme de ação que se passa em um trem não deve ser grandes coisas, certo?" Errado, o filme é eletrizante e te prende na cadeira do começo ao fim. Com personagens carismáticos, ótimas atuações dos atores principais e coadjuvantes, ótimos diálogos graças a um texto realista e bem escrito.
Só teve uma coisa que me incomodou um pouco. Não sei por que, mas me parece que Tony Scott pegou a mesma mania péssima do Michel Bay de filmar diálogos de pessoas paradas com a câmera rodando freneticamente ao redor dos atores. Não sei se a ideia é dinamizar a coisa para parecer mais movimentada do que realmente é. Chegou a me incomodar um pouco pelo exagero no uso deste recurso, mas nada que atrapalhe o filme de ser bem apreciado.

A Epidemia (nota 7)

Ótimo terror, remake do filme O Exército do Extermínio de 1978, do aclamado mestre dos zumbis George A. Romero. E o mais legal é que esse remake consegue atualizar o filme para os dias atuais, sem nunca perder a atmosfera e o climão que Romero já soube fazer melhor do que ninguém, pois ultimamente ele anda perdendo o jeitão pra coisa.

Chega de falar do Romero, já que A Epidemia foi muito bem dirigido Breck Eisner, e seu estilo de filmagem conseguiu uma coisa muito interessante. Mesmo se tratando de uma cidadezinha no interior de Iwoa, onde o que não falta é espaço, o clima opressivo e claustrofóbico de puro terror nunca deixa de ser sentido.
O enredo é o seguinte: numa cidade cheia de fazendeiros algumas pessoas começam a agir de forma estranhamente violenta, mas ainda consciente de seus atos, quando o xerife (vivido pelo competente Timothy Olyphant) descobre um estranho avião que caiu com uma carga misteriosa perto do reservatório de água da cidade. Mal essa estranha doença começa a se alastrar, e o exército americano chega com toda força para conter o avanço da doença. Começa então uma fuga desesperada do xerife, seu delegado e sua esposa grávida, para fugir não só do exército, como também dos infectados.
É claro que como um filem desse tipo, é impossível não recorrer a alguns clichés e sustos fáceis. Seja o amigo infectado que se sacrifica pelo bem maior, ou a cena da câmera que vai e volta, e tomamos o susto com algo que não estava lá. Mas mesmo assim, estes foram bem utilizados e ajudam a manter o climão pesado de sobrevivência a qualquer custo. Não é um filme de zumbi propriamente dito, mas é parecido em muitos aspectos, apesar de ser mais fraco no quesito "crítica social" típica dos filmes de zumbi.

Jantar Para Idiotas (nota ZERO)

Na boa, acho o Steve Carrell um comediante brilhante. Paul Rudd também tem mandado bem em seus últimos filmes (Eu Te Amo Cara, por exemplo). Temos até a presença do hilário Zach Galinianakis (do viciante Se Beber Não Case). Então alguém pode me explicar como esse elenco recheado de comediantes bons foi se enfiar numa monstruosidade dessas? 

Sério mesmo, depois de quase 1h de filme eu não tinha conseguido dar absolutamente nenhuma risada, só estava me sentindo extremamente desconfortável. E não é o tipo de humor de vergonha alheia no estilo da fantástica série The Office, é o tipo de vergonha alheia que te faz desistir de um filme no meio. Terminei de vê-lo adiantando pra ver se acabava mais rápido o sofrimento. Recomendo ficarem longe e pouparem seu dinheiro.