terça-feira, 3 de agosto de 2010

Alice no País das Maravilhas (nota 6)

Sabe aquele tipo de filme que antes mesmo de vê-lo você quer gostar dele, e durante o filme você se esforça pra continuar tentando gostar dele, mas que no final das coisas, algo nunca permite que você finalmente esboce um sorriso? Poisé, foi assim que me senti durante a estréia de Star Wars Episódio I - A Ameaça Fantasma. Todo o meu fanatismo e minha nerdisse me obrigavam a gostar do filme, mas no final das contas, foi uma bosta. Em Alice no País das Maravilhas foi quase isso, obviamente que guardadas as devidas proporções e fanatismos nerds à parte.

Eu gosto muito da maioria dos filmes do cineasta Tim Burton, mas não sei o que aconteceu aqui. Das marcas registradas do diretor tudo está presente: o tradicional visual sombrio, com arvores retorcidas, roupas coloridas e excêntricas, presonagens esquisitos, Helena Bonham Carter, Johnny Depp e a trilha sonora de Danny Elfman. Porém o mais importante de um bom filme, que é o roteiro, é muito fraco e força situações que não condizem com o que eu esperaria de um filme baseado na personagem de Alice. Só pra deixar claro, o filme não é exatamente uma refilmagem da clássica animação da Disney, mas sim uma "quase" continuação.
Não me entendam mal, não estou dizendo que odiei o filme, pois o mesmo tem qualidades ótimas, como o incrível visual deste mundo estranho. Porém achei um pouco exagerado o uso de animação por computador, e também achei alguns ângulos de câmera muito forçados, talvez por causa do 3D (vi em 2D mesmo). Mas o enredo é muito fraco, até o sempre competente Johnny Depp está meio sem graça. É isso, sei que o filme teve uma arrecadação absurda, mas não entendo de onde veio tanto fanatismo pelo filme.

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