terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Primeiro Mentiroso (nota 7)

Ricky Gervais é a mente doentia por trás da criação do melhor seriado cômico da atualidade, The Office. Ele criou e estrelou a versão original inglesa da série, e é produtor da versão americana, que me faz ter dor na bochecha de tanto rir com as situações absurdas e com a vergonha alheia que acontecem no escritório mais improvável do mundo. Com isso em mente aluguei este filme onde Gervais dirige, escreve e atua, e até que me diverti bastante, mas não tanto quando o esperado.

O enredo trata de um mundo numa realidade alternativa onde os humanos nunca desenvolveram a habilidade de mentir. Todos dizem a absoluta verdade o tempo todo, não importa o quanto desagradável, rude ou constrangedor possa ser essa verdade, todos simplesmente cospem as palavras o tempo todo, mesmo que não seja nada perguntado. Porém quando o personagem de Gervais se encontra sem emprego e com sérios problemas financeiros, num instante ele desenvolve a habilidade de mentir, e como ninguém consegue identificar uma mentira, acreditam em tudo que ele diz, não importa o quando absurdo seja. É até esse momento no filme que surgem as melhores piadas e se trata de uma comédia pura. Porém, de um certo ponto pra frente o humor começa a dar espaço pro romance e até pro drama, e as mentiras começam a tomar um rumo muito perigoso.

Conhecendo o estilo de Gervais, eu esperava um filme um pouco diferente do que ele realmente é, mas de um modo geral é muito melhor do que muitas comédias bobas que são lançadas atualmente. As gargalhadas acontecem na maioria na primeira metade do filme, perdendo força na segunda, dando lugar a uma comédia romântica.

Nenhum comentário: