Eu já estava devendo pra mim mesmo ver alguns filmes aspirantes ao Oscar de melhor filme de 2011, então tomei vergonha na cara e comecei pelo que mais me atraiu de início, e por duas razões: 1) a história real de sobrevivência de Aron Ralston é realmente impressionante; 2) o filme foi dirigido por ninguém menos que Danny Boyle, um dos cineastas favoritos absolutos deste blog. E podem ter certeza, é um baita filmaço!
Pra quem não conhece a história real, Aron Ralston, um engenheiro que pratica montanhismo, alpinismo e coisas parecidas sofreu um acidente em 2003 onde sua mão ficou presa debaixo de uma pedra. Após alguns dias ele consegue cortar seu próprio braço num ato de incrível coragem e calma para então sobreviver e contar ao mundo sua história... isso sim é um macho de respeito!
(foto real tirada pelo próprio Aron)
Mas se acham que o filme de um cara preso no mesmo lugar o tempo todo é monótono, é por que não confiam na maestria de Danny Boyle para conduzir um suspense de tirar o fôlego. A fotografia é linda, o cenário deslumbrante, e mesmo diante das dificuldades, em nenhum momento a câmera nos deixa esquecer isso. Existem momentos de puro desespero, outros que te fazem ter vontade de desistir de tudo. Existem até momentos de rir muito do humor negro que o filme nos apresenta, e é claro tem o momento de puro terror ao presenciar o o ato mais tenso e corajoso... nem preciso dizer qual é, certo? E as cenas são todas capturadas de forma incrível! Mesmo para os que tem estômago fraco (sim, se prepare para um pouco de "gore") o som te transporta para momentos de pura dor! A trilha sonora, como de costume nos filmes de Boyle é excelente.
E tenho que me retratar aqui. Eu sempre achei que o James Franco era um baita dum canastrão, mas suas recentes e ótimas aparições em filmes como Segurando as Pontas ou a pontinha em Uma Noite Fora de Série já vinham mudando minha opinião. Mas neste filme ele atingiu um novo nível de atuação. Ele está bem demais e mereceu mesmo esta indicação ao Oscar de melhor ator.
Se este filme tivesse levado a estatueta de Melhor Longa Metragem, ela certamente estaria em boas mãos. Uma história de sobrevivência e superação que merece ser vista e prestigiada por todos.
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