terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sem Limites (nota 8)

Quem olha para a ilustração genérica da caixa na estante da locadora pode achar que se trata de um filmeco qualquer sem muitas pretensões, pelo menos foi o que eu achei. A surpresa pelo ótimo filme que me pegou só fez melhorar a experiência de ver este ótimo suspense, intrigante e inteligente, que ainda utiliza efeitos visuais de câmera vertiginosos que não são mera perfumaria, mas completam e integram o enredo de forma perfeita.
Um rápido resumo do enredo: Eddie Morra, interpretado pelo cada vez mais presente Bradley Cooper, é um aspirante a escritor que não consegue escrever e está à beira de perder tudo. Quando um ex-cunhado o encontra na rua e oferece uma droga capaz de liberar todo o potencial do cérebro de uma pessoa, ele aceita a droga e sua vida muda. A super inteligencia extra faz com que sua vida mude da água pro vinho. Mas como nada vem de graça nessa vida, logo ele começa a ter que lidar com as consequências disso, que vão desde agiotas gângsters russos à polícia. Todos os acontecimentos são muito bem amarrados, com alguns pequenos furos de roteiro como coincidências absurdas, mas nada que estrague a experiência.
O visual utilizado para representar esse acendimento do cérebro de Morra é incrível. A paleta de cores passa de um tom azul mais frio para tons mais vermelhos e quentes, e a velocidade do pensamento representada por um movimento vertiginoso contínuo para frente são recursos muito bem utilizados e compõe muito bem o filme. Além disso as viradas no enredo proporcionadas pelo bom roteiro são ótimas e intrigantes. A atuação de Bradley Cooper está muito boa, provando que pode fazer mais do que comédia ou ação. Até Robert De Niro (que vem atuando no automático já faz algum tempo), num papel pequeno, entrega uma boa atuação. Uma ótima pedida para quem gosta de um bom suspense.

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