terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Caça às Bruxas (nota 2)

Nicolas Cage é um caso à parte. Está bem claro pra mim que ele se diverte muito fazendo filmes, qualquer filme. Então ele não se importa muito com a qualidade do filme, ele simplesmente quer se divertir na frente das câmeras. Então imagino que qualquer merda de roteiro que jogam no colo dele, ele topa fazer sem nem ler, então para cada um papel bom que ele aceita, tem pelo menos dez dessas tranqueiras. E este filme é mais uma dessas tranqueiras.

Mas vou explicar minha revolta: quando um filme como Adrenalina, que é uma bobagem gigante, mas sabe rir de si próprio, ou seja, a arte de fazer uma tosqueira sabendo que está fazendo uma tosqueira sem se levar à sério demais, isso sim é louvável e gera filmes estranhos porém divertidos e engraçados. Mas quando um filme tem aquela cara de ser muito mais sério, mas causa risos involuntários e simplesmente não funciona, isso é destrói o filme. Por exemplo, aqui os personagens de Nicolas Cage e Ron Perlman conversam durante uma batalha sangrenta no meio das cruzadas como se fossem dois amigos batendo um papinho no bar. Os diálogos e o linguajar usado, assim como o sarcasmo excessivo, não combinam com o filme.
As cenas de ação são fracas e em closes muito apertados, provavelmente para esconder o baixo número de extras nas batalhas de campo, e a mudança de idéia e aceitação da missão pelo personagem principal é tão rápida e boba, que se você piscar na hora errada é capaz de perder. Uma historinha mequetrefe, previsível e nada empolgante. Enfim, não percam tempo com isso, até o Aprendiz de Feiticeiro é mais divertido e entretém melhor do que esta bomba.

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