terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Gigantes de Aço (nota 7)

Muitos podem achar o filme clichê só de ver o trailer e já saberem tudo o que esperar do filme. Isso está parcialmente certo, mas como aprendemos em Matrix (isso sim é uso barato de citação filosófica), existe uma diferença entre conhecer o caminho e trilhar o caminho. Por mais que logo de cara seja possível adivinhar o desfecho do filme, acompanhar os acontecimentos que levam a este desfecho é muito divertido, graças à uma boa direção, bons atores e interação entre personagens, e por que não à carnificina mecânica entre os robôs?
Num futuro próximo o boxe entre humanos perdeu totalmente a graça e foi substituído por combates entre robôs. Charlie Kenton (Hugh Jackman) é um ex-pugilista canalhão fracassado que vive de lutas clandestinas com seus robôs sucateados. Quando sua ex-mulher falece, ele se vê na obrigação de cuidar do filho de onze anos, Max Kenton, com quem nunca teve contato. Após mais uma derrota humilhante eles param num ferro velho e encontram um velho robô descartado, que Max recupera e quer colocar para lutar, pois também compartilha da paixão pela luta de seu pai.
Fica claro que teremos a história da redenção de Charlie como pai, mas ela acontece de forma muito honesta, sem forçadas e com emoção na medida certa. Isso acompanhado de histórias de lutas de boxe, que sempre tem uma lição de superação do indivíduo, pontencializam os momentos emocionais do filme, mas sem nunca virar choradeira, em parte graças ao espírito mais canalha de Charlie que demora muito para ser vencido. Só uma coisa me incomodou: queria entender como uma criança de onze anos sabe tanto de eletrônica tão avançada para fazer o que fez na recuperação de seu robô Átomo, mas é melhor relevar esse tipo de coisa em favor do entretenimento.
A interação entre pai e filho é muito boa, e a química entre os atores funciona muito bem na tela. Hugh Jackman está ótimo como o ex-pugilista canalha ganancioso e quebrado. O jovem Max é uma figura, e a forma como ele brinca com o gigante Átomo nos faz crer que aquele robô é um ser vivo. E os contrutos digitais estão ótimos, muito realistas, com lutas muito bem coreografadas e emocionantes. Um ótimo filme para conferir em casa, entretenimento simples e divertido.

Um comentário:

Paulo disse...

Tenho que estar deitado no sofá sem nada pra fazer e nada pra assistir pra conseguir ver esse filme... mas concordo que nessa situação pode ser um bom entretenimeto!