segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Planeta dos Macacos: A Origem (nota 8)

Nunca fui muito fã da série clássica de ficção científica Planeta dos Macacos. Já ví o original e algumas das continuações, incluindo a mais recente e fraca versão do diretor Tim Burton, mas nunca me empolgou. Não sei exatamente o que me incomodava tanto, mas tenho certeza que uma dessas coisas eram as máscaras de macaco usadas pelos atores. Sempre achei aquilo horrível, e tirava a graça do filme pra mim. E também está aí um dos motivos de eu ter gostado tanto deste Planeta dos Macacos: A Origem, além de ser um ótimo filme, com roteiro na medida certa de complexidade e fechando todas as pontas, mas os seres símios digitais criados pela Weta Digital, empresa de efeitos visuais de Peter acksonJ, são incrivelmente críveis, tornando toda a experiência mais agradável.
Como o nome obviamente diz, o filme conta o começo do domínio dos símios sobre os humanos, com o surgimento do primeiro chimpanzé super inteligente, Cesar, resultado de um experimento genético em busca da cura do Mal de Alzheimer. O cientista que chefia essa pesquisa foi muito bem vivido por James Franco, cujo pai sofre dessa doença. Seu pai, vivido com maestria por John Lithgow, tem as melhores cenas dramáticas do filme, que também incluem o chimpanzé Cesar, cuja captura de movimentos foi feita com o sempre presente Andy Serkis, o eterno Gollum.
O roteiro é o grande mérito do filme e acerta em diversos pontos. Conta a história dentro de uma complexidade correta e sem explicações desnecessárias. Finalmente um filme que não trata todos os seus espectadores como burros. O as cenas de ação também estão na medida certa, com a macacada inteligente mandando muito bem nas táticas militares de combate. E quando o clima começa a esquentar, não há interrupções desnecessárias com sentimentalismos exagerados. Ainda sobra tempo para ótimas referências aos originais, para todo fã da série adorar. Raro hoje em dia, ainda mais num filme da FOX, um roteiro que mereça tantos elogios assim, mas é o caso aqui. Filmaço!

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