sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sucker Punch - Mundo Surreal (nota 7)

Este filme estava na minha lista de mais aguardados para este ano por dois motivos: 1) é a primeira produção original do excelente diretor Zack Snyder, e não uma adaptação, e 2) os trailers mostravam um mundo imaginário muito original e deslumbrante, e a curiosidade para saber como Snyder iria juntar tudo aquilo era grande. Após ver o filme, fiquei com uma sensação de que toda minha expectativa não fora completamente atendida, mas já explico os motivos.
O enrendo é estranho, mas bem original. Após um acidente, a protagonista chamada Baby Doll é internada num hospício, e em cinco dias ela será lobotomizada. Então, junto com outras internadas (Sweet Pea, Rocket, Amber e Blondie), planejam uma fuga. Porém, para conseguirem fugir, precisam roubar 4 itens dos funcionários do hospício. A descrição não é nada muito especial sem o detalhe principal, toda a ação dos furtos dos objetos se passa num mundo imaginário fantasioso na mente de Baby Doll. E essa imaginação tem vários níveis, cada um com seu tema fantástico, fazendo o filme parecer uma coletânea de videoclipes de ação. O hospício é substituído por um bordel, e as meninas são as atrações principais. E cada missão para roubar um objeto se passa um nível acima, em mundos imaginários mais estranhos e bizarros.
É nesse nível mais alto da imaginação fantasiosa que o filme despiroca de vez em cenas de ação incríveis, com direito a muito abuso da câmera lenta que o diretor adora, e sabe usar com muita qualidade. Este é o ponto alto do filme, pois Snyder sabe filmar cenas de ação incríveis, e aqui ele junta elementos fantasiosos absurdos, com uma pitada de fetiche. Seja numa luta contra um samurai gigante com uma metralhadora num Japão feudal, ou numa versão steampunk da primeira guerra mundial, as coreografias das lutas e tiroteios, o visual e efeitos especiais de cair o queixo, e uma trilha sonora empolgante fazem todas estas cenas de ação serem memoráveis.
O que me incomodou no filme foi a escolha da atriz principal. Mesmo ela tendo mandado bem nas cenas de ação e saber fazer pose de bad ass, ela fica o tempo todo com cara de coitadinha, mesmo durante um quebra pau enorme. Sem contar o fato que leva quase 20 minutos de filme para ela pronunciar a primeira palavra. Outro ponto que não me agradou demais foi esse climão de coletânea de videoclipes. Apesar das cenas de ação serem incríveis, a unidade do conjunto da obra ficou estranho, as vezes perdendo um pouco do foco. Mas a pior coisa foi o final do filme, esse me decepcionou demais.
Resumindo, não é um filme que qualquer um vai gostar. Eu diria que as esposas e namoradas, a não ser as mais nerds, vão achar um saco. Para os apreciadores de filmes fantasiosos com muita ação de excelente qualidade, é um prato cheio.

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