terça-feira, 26 de julho de 2011

O Ritual (nota 5)

Mais um filme sobre exorcismo. E se não fosse pela ótima atuação de Anthony Hopkins, que carrega o filma nas costas, seria esquecido muito mais rápido. De uma forma geral até que existem alguns bons sustos, mas nada que seja memorável. E eu sempre entendi que o terror que um filme de exorcismo deve causar não é o do susto, mas sim da tensão crescente, culminando no horror da tortura piscológica dos entes do possuído, e aqui isso demorou muito pra acontecer, ficando pro final do filme somente.

O padre Michael Kovak, interpretado pelo fraco Colin O'Donoughue, vai para Roma fazer um curso sobre o ritual do exorcismo, mas vai também em busca da fé que ele nunca teve na religião. Ou seja, um padre que não acredita no que ele próprio prega. Lá ele conhece o padre Lucas Trevant, vivido por um inspirado Anthony Hopkins finalmente parando com as atuações no piloto automático, um experiente exorcista que vai ser seu mentor, e Angeline, uma repórter vivida por Alice braga. *** SPOILER ALERT: Quando um caso que parecia ser simples dá errado, a vítima de possessão acaba morrendo, e o possuído passa a ser o próprio Padre Lucas. É aí que Hopkins faz valer seu salário, mandando muito bem como possuído, podendo ser comparado ao seu clássico Hannibal Lecter. FIM DO SPOILER ***.
Um bom fator é a construção gradual da tensão que vai culminar no embate entre o bem e o mal, entre o padre e o tinhoso. Os sonhos do padre Kovak também são aterrorisantes, vindos direto do inferno. Mas...

O filme tem dois grandes problemas: O primeiro é que o ator principal é muito fraco, e o personagem pouco carismático, fazendo com que o espectador não se importe muito com ele. Dessa forma o clímax do filme perde toda a força, pois o que deveria ser a grande superação do personagem passa quase desapercebido. O outro problema é que também não nos importamos muito com o foco principal do exorcismo. Até a reviravolta descrita no SPOILER acima, a vítima é alguém sem importância, que rapidamente é esquecida. Acaba sendo um terrorzinho razoável, que vale mais pela atuação de Hopkins. Eu gosto muito mais do ótimo O Exorcismo de Emily Rose, que nem é um filme de terror propriamente dito.

Um comentário:

Paulo disse...

Bom saber q nao devemos esperar mto desse filme, mesmo assim assistirei pra matar a curiosidade hahaha

Apenas pra constar, a visualização do blog por celular tá mto boa! Recomendo q façam o teste naquele momento de tédio no bus...