Rango é mais uma daquelas animações que pode enganar a pessoa desinformada. Apesar do visual as vezes infantilizado, que antropomorfiza animais como personagens, assim como acontece em O Fantástico Sr. Raposo, esta é uma animação para adultos, pois tenta lidar com temas existenciais de forma meio atrapalhada, além de se utilizar de um humor um pouco mais sofisticado, e uma linguagem cinematográfica bem refinada com direito a referências que só adultos vão pegar. Mas apesar de parecer algo muito sério, a animação é bem divertida e vale a pena conferir.
Rango é um camaleão doméstico que acaba largado no meio do deserto de Mojave, e acaba encontrando uma cidade empoeirada no melhor estilo dos westerns, que está com um grande problema de abastecimento de água. Nela exitem todos os tradicionais tipos de westerns. Tem o barman do saloon, tem o banqueiro, a filha do fazendeiro, o rancheiro rico e que parece ter um plano obscuro. Como um bom camaleão, Rango aproveita a oportunidade de se tornar outra pessoa, e depois de muitas mentiras acaba sendo nomeado Xerife da cidade, e é aí que os maiores problemas acontecem.
A direção ficou a cargo de Gore Verbinski, o mesmo da primeira trilogia de Piratas do Caribe, e faz muito bem o trabalho de abusar de câmeras e ângulos estranhos que normalmente seriam difíceis de se consegui com atores reais. Além disso, sua óbvia afinidade com Johnny "Sparrow" Depp contribuiu muito para a criação do personagem Rango, que é fantástico. A dublagem de Depp está melhor do que nunca, e a vida que ele injeta nos pequeninos olhos de Rango é fora do comum.
Não é uma animação comum, ela tenta ser adulta demais, mas consegue ser leve quando necessária. Não deve agradar a qualquer público, mas aqueles acostumados a filmes fora do padrão devem se entreter bem, como eu me entretive.
Não é uma animação comum, ela tenta ser adulta demais, mas consegue ser leve quando necessária. Não deve agradar a qualquer público, mas aqueles acostumados a filmes fora do padrão devem se entreter bem, como eu me entretive.
Um comentário:
"Antropomorfiza"... Porque não é todo dia que se lê uma palavra bonita assim!
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