segunda-feira, 16 de abril de 2012

Os Muppets (nota 8)

Eu não tinha a menor idéia do que esperar deste filme. Não tinha nenhuma expectativa, seja boa ou ruim, pois nunca fui grande fã dos Muppets. O que me incentivou a procurar este filme foi o fato de, apesar de eu não conhecer profundamente os personagens, tenho um bom conhecimento do estilo de humor praticado por eles, o que me agradava muito, e os engraçados spots de tv que promoviam o filme na época do seu lançamento nos cinemas ajudaram ainda mais a reforçar essa idéia. E felizmente tive uma grata surpresa! O filme é divertidíssimo, engraçado, e até a cantoria estilo musical, que normalmente me irrita em filmes, tem seu propósito dentro do enredo e utiliza boas sacadas humorísticas, entregando um legítimo feel good movie que consegue agradar toda a família.
O filme é uma grande celebração e homenagem aos Muppets e sua incrível história de sucesso no passado, e que até o lançamento deste filme, estavam esquecidos pelo público geral. E esse é o motivo que impulsiona o filme para frente. Walter, um boneco estilo Muppets, irmão de Garry (Jason Segel) é grande fã dos Muppets, e aproveita uma viagem de Gary e sua namorada Mary (Amy Adms) para Los Angeles para fazer uma visita ao decadente e deteriorado estúdio dos Muppets. Lá ele sem querer descobre uma negociação para demolir o lugar e perfurar para buscar óleo. Com isso, Walter procura Kermit (antigo Caco) e o convence a juntar novamente toda a turma para fazer um último show para tentar juntar o dinheiro necessário para pagar as dívidas e recuperar o estúdio.
O enredo é simples e funciona muito bem, mas o que dá todo o charme ao filme é a jornada para conseguir tudo isso. As piadas são ótimas, seja as que referenciam os próprios Muppets e seu sucesso antigamente, ou aquelas que brincam com o baixo orçamento do filme. Por exemplo, quando Kermit é obrigado a contratar uma celebridade para ser o anfitrião do show, ele liga para todos os que conhecia como celebridade, começando pelo Presidente Jimmy Carter, ou quando para favorecer o baixo orçamento eles terminam de angariar os bonecos restantes por meio de montagem editorial ou viajando por mapa. Sacadas brilhantes e que rendem boas risadas. O excesso de músicas e cantoria podem irritar alguns, digo isso pois nunca fui fã de musicais, mas mesmo durante a execução das músicas, existem bons motivos para rir.

No final o filme consegue resgatar uma emoção pelos personagens que se estão de volta, conseguindo emocionar e entreter mesmo aqueles que não tinham nenhum tipo de ligação emotiva com este bonecos, provando que bons produtos merecem sim ser revisitados, desde que feito com qualidade (o atual excesso de remakes medíocres de sucessos antigos é prova da falta de criatividade hollywoodiana, mas este merece ser considerado um ponto fora da curva). Prova de como estes personagens eram amados, principalmente nos EUA, é a enorme quantidade de personalidades que aceitou fazer pequenas pontas no filme, só para constarem. É um filme leve, ótimo para ser visto num momento em que se precisa de um motivo para dar boas risadas.
NOTA: Gosto muito da Disney, mas não faz sentido pra mim essa recente mania de não permitir mais "traduções" dos nomes dos seus personagens. Assim como já tinha acontecido com a turma do Ursinho Puff, que agora é obrigatório ser chamado de Pooh, e a Sininho que foi obrigada a ser chamada de Tinkerbel, neste filme Caco, o Sapo foi obrigado a ser chamado de Kermit, assim como os outros personagens. Isso é ruim pois é um motivo para criar desapego dos antigos fãs que conheciam os personagens pelos seus nomes no Brasil. Uma pena.

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