quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os Mercenários (nota 6)

Tá aí um filme que é pura testosterona. É só começar a listar os nomes do elenco que já se sabe muito bem o que esperar do filme. Sylvester Stallone dirige e atua uma tonelada de nomes do cinema de ação, alguns que ainda tem bom status de estrela, outros que já foram esquecidos mas ainda sabem chutar bundas. E a lista não é pequena: Jason Statham, Jet Li, Dolf Lundgren, Randy Coture e Steve Austin (ambos lutadores de vale tudo), Mickey Rourke, Terry Crews (o pai do Cris em Todo mundo odeia o Cris), e participação especial de ninguém menos que Bruce Willis e Arnold "Governator" Schwarzenegger. Combinando estes nomes a um filme no estilo oitentistas de filmes de ação onde um grupo extermina uma pequena nação sozinhos, já se sabe muito bem o que esperar, certo?
Porém, vou confessar que fiquei levemente desapontado, e culpo isso na edição e montagem do filme. De uma forma geral a edição é muito caótica, e tira a noção de continuidade de algumas cenas. Com nomes como Statham, Li, Coture e Austin, todos lutadores com excelentes habilidades atléticas, os ótimos combates corpo a corpo de seus personagens ficaram muito picotados e intercalados com outras cenas, desta forma se perde a sensação de continuidade do combate, seja na força bruta de Coture e Austin, ou seja na habilidade e estilo de Li e Statham (este protagonistas dos melhores combates). Como não se pode deixar de lado, também temos MUITAS explosões e tiroteios, bem dentro do que se esperava, nada muito inovador.
Obviamente que não podemos esperar muito em termos de atuação, e algumas são bem sofríveis. O roteiro também não ajuda, dando diálogos muito ruins para entrelaçar as cenas pancadaria e tiroteiro com um fiapo de enredo mal explicado e rapidamente esquecido. O motivo inicial é muito fraco e a continuação deste motivo é pior ainda.
A direção de Stallone também já foi muito melhor. Ele mandou muito bem em Rocky Balboa (vulgo Rocky 6) e até mesmo em Rambo VI, mas em Os Mercenários, o filme demora muito pra pegar no tranco. Somente na última meia hora, quando a batalha final começa, é que há alguma emoção. Mas tudo bem, vamos dar um desconto, afinal ele estava distraído pelos macacos brasileiros no ombro dele.

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