Não é segredo pra ninguém que eu adoro os parques temáticos de Orlando, certo? E isso tem um motivo muito óbvio, a diversão que as atrações proporcionam é algo único, uma experiência imersiva que não se consegue em nenhum outro lugar no mundo. E por que diabos eu estaria escrevendo isso aqui? Simples, após ler a crítica escrita por Érico Borgo do Omelete, onde ele faz a inspirada comparação dos filmes de Michael Bay com uma atração de parque temático, não tive como começar esta crítica de outra forma, pois é a melhor definição possível para este terceiro filme dos robozões que se transformam. Resumindo, o filme pode ter defeitos, mas se você sentar, relaxar, desligar o cérebro um pouco, e se deixar levar pela experiência alucinante que é esse filme, pode se divertir muito.
Não podemos nos esquecer do fator "infância" quando falamos de Transformers. Como alguém que teve a maior parte de sua infância nos saudosos e bregas anos 80, adorava o desenho quando criança, e já adulto, adorei o primeiro filme para o cinema. Ele era divertido, simples, com muita ação e incrivelmente bem feito, me levando de volta para a infância. Infelizmente, o diretor Michael Bay cagou feio no segundo filme, deixando a expectativa de muita gente, incluindo a minha, lá no fundo do poço para esta terceira parte. Felizmente, muitos dos erros cometidos no segundo, e que tornaram o filme insuportável, foram corrigidos. Mas nem tudo são maravilhas, ainda persistem várias falhas dos dois primeiros, mas que podem ser relevados com mais facilidade.
Pra começar, trocaram a fraquíssima atriz gostosona Megan Fox pela um pouco menos mais ainda fraca atriz gostosona Rosie Huntington. Ou seja, continuam acontecendo aquelas situações que o mundo está indo pra merda, tudo está explodindo, mas o sempre heróico Sam Witwicky (Shia LaBeouf) precisa parar tudo pra salvar a mocinha e dizer que a ama. Mas tudo bem, é raro encontrar filmes pipoca sem isso. Outra coisa que voltou, mas em menor escala (ufa!) é o humor bobo com robôs bobos. Felizmente isso foi bem reduzido e não beira o infantil como no segundo (alguém se lembra do robô com bolas?). E novamente a obrigação de desenvolver o núcleo da família Witwicky no início do filme atrapalha um pouco o desenvolvimento da trama, obrigando o roteiro a correr com algumas explicações no início. Outra coisa que incomoda bastante são falas sobre liberdade e levar a guerra até eles, que parecer ser ditas por um Bush mecânico.
Mas acreditem se quiser, Michael Bay finalmente conseguiu criar um filme com um mínimo de coerência geográfica / temporal, tendo um filme mais contínuo e crível. Outra melhoria foi o uso de mais câmera lenta em cenas de ação, filmadas em ângulos mais abertos, o que permite a todos verem melhor os incríveis detalhes criados com efeitos especiais, não sei se isso foi uma obrigação por causa do 3D no cinema, mas funcionou muito bem. O enredo do filme também é mais coerente e interessante do que o do segundo, mas que graças às intermináveis cenas de ação, logo é esquecido. A quantidade absurda de robôs foi mantida, mas desta vez os que merecem tem seu devido destaque nos momentos corretos, não parecendo um desfile interminável de robôs. E finalmente os humanos em clara desvantagem de tamanho e força aprenderam a combater os robozões com tática coletiva, já estava na hora.
Agora, não importa o quanto você pode odiar o cinema de Michael Bay, o cara merece elogios. As cenas de ação são expetaculares, maiores, mais rápidas, mais detalhadas e mais complexas do que qualquer outro filme de ação. Aqui a escala da batalha é gigantesca, e os últimos 50 minutos são recheados de cenas de ação intercaladas que grudam a sua bunda na cadeira e os olhos na tela, deixando aquele espectador que se deixou levar para dentro do filme sem fôlego. E já se falou muito nisso, mas a computação gráfica aqui atinge um patamar absurdo de detalhamento e interação com o cenário real, é de cair o queixo.
Aqueles que assim como eu, gostou do primeiro mas se decepcionou com o segundo, dêem uma chance para o terceiro. provavelmente irão curtir o passeio e se divertir.
Um comentário:
Hummmmm... Sorry, mas Transformers não dá não.... Talvez se eu tivesse 11 anos, mas com 30 é "inassistível" pra mim.
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