segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Lutador (Nota 8)

Eu não consegui deixar de emocionar ao ver Randy "The Ram" Robinson subir na última corda do ringue e saltar para desferir seu golpe registrado no seu oponente, o Ayatolá. Pode parecer coisa de quem só gosta de ver pancadaria na tela, mas é realmente emocionante acompanhar a vida do "The Ram" este ótimo filme dirigido pelo maluco Darren Aronofsky (diretor de Requiem para um Sonho, Pi e Fonte da Vida).

O Lutador é um filme muito honesto. Acompanhamos a vida de um lutador de luta livre no melhor estilho "tiozão decadente bombado" que teve seu auge em 1985, mas ainda participa de lutas e desfruta da antiga fama. Porém quando sai dos ringes, a dura vida de pai fracassado, a falta de dinheiro e o emprego medíocre são só um passatempo até a próxima entrada nos ringues, onde está sua verdadeira paixão, e onde ele é reconhecido e reverenciado por muitos. A paixão de "The Ram" pela luta livre não tem limites, e ele faz de tudo, até mesmo se dilacerar com arame farpado, para entreter seu fiel público.

A interpretação de Mickey Rourke é espetacular, ele É "The Ram" e nos faz acreditar nisso desde o início do filme. A câmera na mão que segue incansavelmente o lutador entrando no ringue ou entrando no balcão de frios do mercado local é interessantíssima, nos aproximando ainda mais desse ótimo personagem, criando muita empatia por ele.

Não é um filme simplesmente sobre superação, da forma que é Rocky Balboa (Rocky 6), mas é sim um filme sobre não negar suas verdadeiras paixões, e não importam as consequências.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A vida é bela (nota 9)

Esse filme é realmente lindo! Acho que só tinha visto uma vez há uns 10 anos - realmente não é um filme que se veja sempre, porque o que ele tem de bom, ele tem de triste... Filmes que mostram o ponto de vista das vítimas do Holocausto, assim como "O Pianista", mexem muito conosco, pois percebemos como tudo aquilo foi uma coisa ignorante, absurda e sem sentido.

Quanto ao filme, os brasileiros podem até ter pego uma certa birra, já que foi o filme que ganhou o Oscar de Central do Brasil - quem pode esquecer Sophia Loren gritando "Robeeeeeerto!!!!!!!!"? - mas a verdade é que é um filme muito bom, que consegue mostrar aquela situação tão cruel com uma humanidade incrível. É imperdível!

Todo mundo em pânico 3 (nota 7)

Esse é com certeza o melhor dos "Todo Mundo em Pânico". O 1 e o 2 são dos irmão Wayns e tem sacadas legais, mas acabam indo muito para uma coisa mais escatológica. O 3 e o 4 ficaram nas mãos dos Zucker, responsáveis pelos sensacionais e inesquecíveis Top Gang, Apertem os cintos que o piloto sumiu e Corra que a Polícia vem aí... Mais credenciado que isso, impossível!

O filme é de passar mal de rir! Além da sem noção Cindy, neste filme temos o Charlie Sheen, lembrando seus dias de Top Gang e Leslie Nielsen como sempre dando show. O"3" zoa principalmente com "o chamado" e "sinais", mas também sobra para Matrix. É um filme que tem que ver....

domingo, 17 de maio de 2009

A Outra (nota 9)

ADORO filmes que contam as histórias verdadeiras de momentos que foram cruciais para o desenrolar da história da humanidade. Esse filme traz a história da nobreza inglesa na geração que antecede o reinado da rainha Elizabeth. Quem assistiu o filme Elizabeth e conhece um pouco de história inglesa, sabe que a tomada de poder por ela foi problemática, em função de divergencias políticas e religiosas da sua criação e especialmente em função de sua mãe, Ana Bolena, que ficou conhecida na história como amante/prostituta do rei Henrique V.

A Outra conta a história da Ana Bolena e como ela e sua família acabaram tendo um papel crucial na história da Inglaterra. É muito interessante entender a origem do reinado de Elizabeth como consequencia de um cenário conturbado provocado pela sua mãe. Para quem gosta de história, é um prato cheio.

Outras observações sobre o filme:

- Achei interessante que colocaram a Natalie Portman no papel da mulher fatal e a Scarlet Johanson como a santinha. Se fossem escolher pela fama das duas, talvez os papeis fossem inversos. Creio que a escolha foi acertada e baseada no talento, já que o personagem de Natalie é mais complexo e precisa de um ator mais habilidoso.

- Embora não seja um um personagem grande, Jim Sturgess dá um show como o irmão Bolena. Considero ele um ator excepcional e uma promessa.

- Só soube do que se tratava a história assistindo ao filme. Antes, achava que era uma história de época genérica sobre duas irmãs, enfim, algo bem menos interessante... Acabei descobrindo que em ingles o filme se chama a "A outra garota Bolena" e não apenas a "Outra". Se o título fosse traduzido como deveria, o filme certamente teria mais destaque.

Recomendo muito!

Crepúsculo (nota 5)

Outro sucesso teen do momento é Crepúsculo. Não sou nenhuma expert, mas sei que se trata de um livro que fez sucesso, virou uma série de livros de sucesso e agora começa a virar uma série de filmes... Soa familiar??? Ao que parece, Crepusculo tenta seguir o caminho de Harry Potter. Baseado no sucesso, creio que Crepúsculo já conquistou seus fãs e está num bom caminho, mas está longe de se comparar a Harry Potter em tudo, carisma, sucesso, qualidade, e por aí vai...

O filme é meio morno, a história do casalzinho não chega a empolgar. Os vampiros também são bem mais ou menos, não tem profundidade - se tem uma coisa que vampiro de verdade tem que ter é profundidade... Em contrapartida gostei bastante do clima do filme - aquele vilarejo gelado e esquecido com florestas em volta... Bem legal!

Enfim, o filme não é dos piores e nem dos melhores... Dá para assistir tranquilamente num sábado a tarde despretencioso ...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

High School Musical (nota7)

OK, vocês vão pensar que estou hiperdesatualizada de estar falando de HSM apenas agora, mas a verdade é que não tenho mais 13 anos e só assisti por puro acaso. É dificil comentar sobre um filme voltado para um público tão específico e distante da minha realidade, mas sendo bem desprendida, é um filme com grandes qualidades.

Filmes para pré-adolescentes sempre vão existir e sempre vão ser "bobinhos" para o público adulto, mas o que diferencia alguns deles é a qualidade e o cuidado com que são conduzidos. HSM é redondinho. Tudo funciona muito bem - elenco, roteiro, músicas, cenografia, etc. No fim, é um filme bem "gostosinho" de assistir.

Outro valor de HSM é que para o seu público-alvo, os pré-adolescentes, as mensagens são muito positivas, diferente de muitas coisas que tem por aí. Em HSM não há nada de promiscuidade ou elementos ilícitos, e sim diversidade, justiça e outros valores positivos. Se eu tivesse um filho de 10 anos, gostaria que ele assistisse esse filme.

domingo, 10 de maio de 2009

STAR TREK (nota 11)

Confesso que estou encontrando dificuldades para escrever sobre o filme que eu mais aguardava neste ano. Foi uma semana de muita antecipação e ansiedade, principalmente devido ao fato de eu não ter conseguido comprar o ingresso adiantado como pretendia... além disso, como falar sem parecer um nerd histérico que quase teve um nerdgasmo?? Então, vou parar de tentar e vou deixar minha mais sincera opinião sobre o filme.

MEU DEUS!!! QUE PUTA FILME INCRÍVEL DO CARAMBA!!!! PARE DE LER ISSO AQUI E VAI AGORA ASSISTIR SE NÃO FOI AINDA!!!!!!!!!!!!

Pronto, já gritei o que precisava, vamos ao que interessa. O que foi feito nesse filme pelo corajoso diretor J. J. Abrahams, pelos ousados escritores Alex Kurtzman e Roberto Orci, pelo jovem e bem selecionado elenco, é totalmente improvável, mas eles conseguiram. Eles pegaram uma série de tv com mais de 40 anos de idolatria de fãs xiitas, que já estava totalmente esgotada, saturada e praticamente sepultada na tv, e a transformaram numa nova aventura cheia de novas possibilidades, que não só agradará muito aos fãs como consegue agradar a todos que nunca tiveram contato com a série ou mesmo os que tinham preconceito com ela.

O respeito com o material original criado pelo pacifista e visionário Gene Roddenberry é incrível. Quem conhece as séries vai pegar diversos detalhes que são de um capricho incrível. Porém o enredo do filme é perfeito e de uma coragem sem igual. Vou tentar não escrever nada muito revelador para não estragar as surpresaspara os que não sabem nada, e essas surpresas são MUITAS e todas CHOCANTES! Eu até diria que alguns daqueles fãs xiitas de esquerda irão reclamar muito do roteiro, pelo fato de ele abalar alguns pontos mais sólidos da série clássicas, mas eu que sou trekker estava achando que esse universo precisava mesmo de uma boa chacoalhada pra sobreviver, e esse filme fez isso com louvor.
O elenco que foi selecionado para os papéis que já fazem parte da cultura pop coletiva não poderia ter sido mais acertado. O Kirk de Chris Pine é mulherengo e canastrão, mas na hora que precisa, é corajoso e eficiente. O Spock de Zachary Quinto consegue balancear perfeitamente a lógica vulcana com o conflito de emoções de sua metade humana. O McCoy de Karl Urban é rabugento e reclamão, mas com um senso de humor inpecável.... posso continuar a lista de elogios sem fim, mas o mais importante disso tudo é que estas interpretações de personagens tão queridos não são uma mera imitação de William Shatner, Leonard Nimoy ou DeForest Kelly, pois elas capturam a essência dos personagens e adicionam um pouco mais, e na medida certa.
O vilão Nero, vivido por Eric Bana também não fica pra trás, se juntando ao hall de grandes vilões da série, finalmente dando a um Romulano um papel de respeito no cinema.
Agora, o visual do filme é um SHOW!! Até momentos que não tem nada de novidade como as cenas semi-estáticas da Enterprise viajando em dobra espacial ganharam um visual arrojado, da mesma forma que toda a ação que acontece é de tirar o fôlego. Não temos mais aquela sensação de combates entre submarinos, mas sim de uma verdadeira batalha espacial.

Falando em Enterprise, o interior da nave está de cair o queixo. Nada mais de corredores estéreis e chapados. A engenharia tem cara de indústria pesada, cheia de tubulações, tanques, escadas e plataformas, muita sujeira, dando realmente a impressão de se estar numa casa de máquinas.

Ufa, acho que escreví demais, mas eu precisava desabafar!!! Esse é um filme que TODOS tem que ver no cinema. Vale cada centavo gasto no ingresso e na pipoca. Espero que a série continue no bom caminho deste reinício.

Nota: Giu, eu ganhei a aposta contra a Ju!!!! huahuahuahuahua....

sábado, 9 de maio de 2009

X-Men Origens: Wolverine (nota 6)

Este filme era esperado com bastante antecipação por muitos nerds de plantão, mas eu sinceramente estava muito desconfiado da produção, principalmente após ler inúmeras notícias de briga entre estúdio e diretor, troca de direção para incluir mais cenas de ação, refilmagens para deixar o filme mais "sombrio" após o sucesso de Batman Cavaleiro das Trevas, ou seja, tudo que pode ajudar a estragar um filme aconteceu. E o resultado não me agradou da mesma forma que o X-Men 3 não me agradou (ainda acho o X-Men 2 um pusta dum filme legal pra caramba e o melhor da série mutante!!!).

O personagem Wolverine ainda é brilhantemente interpretado pelo ótimo Hugh Jackman, e finalmente temos um Dentes-de-Sabre que merece respeito. O vilão Victor Creed, vivido pelo bom ator Liev Schreiber, é cruel, sádico, assassino, impiedoso e manipulador, ou seja, capturaram o personagem dos quadrinhos perfeitamente. Porém as boas coisas ficam por aqui, o enredo do filme é meio conturbado e mal amarrado, os efeitos visuais variam do excelente ao tosco (a la chapolin), novamente foi cometido o erro de excesso de personagens desnecessários (ainda que menos do que em X-Men 3) e em nenhum momento o filme empolga e prende a atenção. Não é a toa que eu dei algumas cochiladas no cinema... fazer o que?? Mas fica claro que o diretor oficial Gavin Hood teve muita gente dando palpite em seu trabalho, e palpites errados ao meu ver.

Mas não é tudo terrivelmente um desperdício. Como eu escrevi acima, Wolverine e Dentes-de-Sabre conseguem elevar bastante o nível quando aparecem juntos em cena e quando quebram o pau com direito a muitas dilacerações e perfurações de garras! Não é um filme de se jogar fora, mas que poderia ter sido muito melhor, isso é indiscutível.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ela dança, eu danço (nota 6)

Pelo que sei, esse filminho fez um belo de um sucesso entre os teens (ô papo de véia)... Dá para entender por que, ele é bem uma versão 2000 para Dirty Dancing.... Interessante, que mesmo sendo mais novo, ele é menos picante que o sucesso de 80... Com um argumento tão atrativo quanto previsivel, o filme funciona bem.... É um típico filme para não errar numa sessão da tarde!

Controle Absoluto (nota 0)

As vezes eu me pergunto, como é possível convencer pessoas a aplicar seu tempo, dinheiro e talendo em uma verdadeira porcaria? O cara tem que ter muito gogó para conseguir colocar um treco desse no ar.

Vou ser honesta, não deu para ver o filme até o fim, porque a uma hora e vinte que investi já foi um desperdício de vida. Esse zero é um zero consistente, porque não consigo pensar em nada de bom desse filme... Só para vocês terem uma ideia do embroglio: Duas pessoas que não tem nada a ver são chantageadas por uma divisão de inteligencia do governo dos estados unidos que tem o poder de manipular tudo e todos (inclusive placas eletrônicas de padarias e coisas do genero) para fazer não sei o que que vai proteger alguma coisa que tambem não sei o que é... Pois é... Fujam!!!!!!!!

domingo, 3 de maio de 2009

Marley e eu (nota 8)

O que "Marley e eu" tem de lindo, tem de triste... Só quem já enfrentou a perda de um companheiro de quatro patas (seja um cachorro, ou um porquinho da india) sabe como essa dor é profunda e verdadeira... Marley não é um filme leve... é um filme verdadeiro, que acompanha as delícias e as tristezas de compartilhar a vida com um serzinho pelo qual nos envolvemos, nos apaixonamos e que eventulmente perdemos....


Meu nome não é Johnny (nota 8)


Assumo que tenho um certo preconceito com filmes brasileiros. Isso não é de graça - realmente muito filmes brasileiros tem cara de novela da globo, aliás, acho que a maioria deles infelizmente... Por causa disso, assumo que fujo mesmo dos filmes brasileiros. A boa notícia é que as vezes me surpreendo, e fico feliz de ser surpreendida... Se para cada 10 filmes "globais" temos um tropa de elite ou um cidade de deus, é porque sempre há esperança!

Pela publicidade, "meu nome não é Johnny" me pareceu um típico filme global e não me atraiu, tanto que esperei passar na TV a cabo para assistir. Fico feliz de dizer que me surpreendeu positivamente. Ainda dá para ver umas atuações de suporte meio forçadas e um ou outro diálogo fora do lugar, mas os pontos positivos do filme superam essas fraquezas e ele se sobressai. O roteiro é bom, e Selton Mello é fenomenal (na minha opinião o melhor ator brasileiro). E nesse vértice que "Meu nome não é Johnny" se suporta e se torna um bom filme brasileiro. Recomendo!

Jogo de amor em Las Vegas (nota 7)

Mais um filme preparatório para Vegas 2009. Tá certo que em Vegas mesmo o filme só tem um pedaço, mas esse pedaço é bem atraente... Vegas deve ser isso aí, você se mete numa festa no caminha entre a recepção e o quarto do hotel... hehehe... Ok, não deve ser tão assim, mas que se isso acontecer de verdade, só pode ser mesmo em Vegas...

Sobre o filme, eu até gosto dele... É uma comédia romantica um pouco mais escatológica que o normal, mas é legal - engraçada e romantica, como uma comédia romentica deve ser. Honestamente não entendo porque o filme foi considerado um fiasco tão grande.... É uma boa diversão!

Quebrando a banca (nota 9)

Dando sequencia a preparação para Vegas, esse filme era indispensável. Ele tem todo aquele climão de Vegas, com maior enfoque nas "tables" (mesas de jogos) - espaço dos mais atraentes! Só quem já perdeu um dinheirinho numa mesa de blackjack sabe como é atraente a ideia de "quebrar a Banca" e sair com um bom lucro... Infelizmente isso ainda não aconteceu conosco.... Mas vai acontecer! Que venha Vegas, baby...

Eu Te Amo, Cara (nota 7)

Esta ótima comédia trata de um assunto meio esquecido no cinema atualmente. Geralmente esse filme seria transformado numa comédia romântica, mas felizmente ele foi escrito como um "bromance", como esse tipo de filme é chamado nos EUA.
O "bromance" é aquela amizade sincera e duradoura entre dois homes heteroxesuais que simplesmente gostam da companhia um do outro, pra sair e tomar umas e aproveitar a vida com boas risadas. E o filme cumpre bem o papel de usar esse enredo de forma honesta, sem exageros.

O personagem principal Peter (vivido por Paul Rudd, de Virgem de 40 Anos) sempre foi namorador, e nunca teve amigos de verdade, e então quando se decido casar, percebe que não tem ninguém pra ser seu "best man". Então ele sai a busca de uma amizade, e encontra algumas figuras como gays, esquisitões, até encontrar com o engraçado e desencanado Sydney (Jason Segel), para encontrar nele um amigo de verdade.

Não se enganem, apesar de ser um "bromance" o filme ainda tem a mesma estrutura típica de uma comédia romântica, mas definitivamente as situações são diferentes e bem engraçadas. Eu achei que o timing de algumas cenas ficou exagerado, passando do engraçado pra vergonha alheia, mas nada que estrague o resultado final dessa boa comédia. Vale a pena pra dar boas risadas.